quarta-feira, 31 de março de 2010

Greve dos Professores em São Paulo: O que a mídia não diz

Lembra desta foto?


Um professor carregando o policial ferido em meio à confusão da greve dos professores no último sábado em São Paulo.
Pois bem, este "professor" é um policial disfarçado e infiltrado no ônibus que levou os professores de Osasco ao Palácio Bandeirantes.










Abaixo segue o texto que recebi do PT Nacional. A reportagem é de Conceição Lemes

Isabel Azevedo Noronha, presidente do Sindicato  dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) recebeu nesta segunda-feira, logo cedo, uma ligação de um colega da subsede de Osasco: “Aquele rapaz que socorreu a policial é um professor daqui da cidade. Nós vamos encontrá-lo, para esclarecer tudo isso”.
Diretores de subsede da Apeoesp de Osasco passaram a manhã e a tarde investigando. Lembravam-se de tê-lo visto em Osasco em meio aos professores. Conferiram listas dos que vieram para a assembleia da sexta-feira, 26 de março, no Palácio dos Bandeirantes. Conversaram com muitos colegas.
No começo desta noite descobriram que o suposto professor é um policial militar do serviço reservado (ou secreto) da Polícia Militar paulista. É um P2, como são chamados.
A caráter para não levantar suspeitas (garotão barbado, jeans, mochila nas costas), o jovem policial infiltrado embarcou no ônibus dos professores de Osasco, como se fosse um deles. Daí o pessoal da subsede de Osasco ter achado inicialmente ele que era um colega.
A descoberta da Apeoesp derruba três versões oficiais da PM paulista.
A primeira, no sábado, a Terra Magazine, de que o PM não-identificado “era um dos policiais da região, que estavam empenhados na operação” .
As outras duas são de hoje.  Ao Viomundo, disse  que o policial militar à paisana “estava no local”.  A Terra Magazine, informou que ele estava “passando” pela manifestação.
Aos poucos a verdade sobre a foto famosa da manifestação dos professores vai se revelando. Mas ainda há muitas perguntas sem respostas. Por exemplo, qual era a missão dele na assembleia dos professores? Levantar informações sobre o andamento do movimento? Fazer provocação? Ou o quê? A mando de quem? Qual a intenção? Criminalizar a Apeoesp?
“A partir dessa noite uma das hipóteses que passamos a considerar é a de armação para sensibilizar a sociedade e jogá-la contra os professores”, lamenta a presidente da Apeoesp. “A figura da policial feminina, frágil, indefesa atacada por nós, professores, uns bárbaros. Curiosamente o capacete dela está direitinho. A roupa alinhada, como se tivesse saído da lavanderia. Para quem levou uma paulada, como disse a PM,  é estranho. Os dois muito arrumadinhos, ajeitadinhos…Esquisito demais. ”
“O fato é que seremos mais rigorosos na fiscalização de quem entra nos nossos ônibus ”, cogita Isabel Noronha. “Talvez passemos a exigir o holerit, para ter certeza de que aquela pessoa é professora mesmo e essa história não se repita.”

Até nisso o governo de Serra e sua política se dá mal. Não é à toa que o Datafolha é obrigado a inventar números nas pesquisas.

Ainda sobre a taxa da cobrança da Coleta de Lixo...

A promotora Bianca Nascimenteo Malachine nos informou que já notificou o Executivo Municipal, na pessoa do prefeito, por duas vezes sobre a abusiva cobrança da taxa da coleta de lixo na ocasião da mudança para o carnê do IPTU e em nenhuma obteve resposta.
Porém a má notícia que foi nos passada é que o Supremo Tribunal Federal  (STF) aprovou uma Súmula Vinculante favorável à cobrança pela mensuração (por m²).

O texto disponível na página de notícias do STF diz que:

"Por unanimidade, o Supremo aprovou verbete que confirma a constitucionalidade da cobrança de taxas de coleta, remoção e destinação de lixo tendo por base de cálculo a metragem dos imóveis.
Verbete: “A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o art. 145, II, da CF.” "


Na semana após a páscoa, o Ministério Público concluirá o parecer sobre Guarapuava e assim que o PT, através do coletivo de Mulheres receber o parecer informaremos sobre as próximas ações.
Gostarámos de deixar claro que não somos contra a cobrança feita pelo serviço, mas contrários ao aumento abusivo proporcionado pela mudança da lei.


Vereador Antenor Gomes de Lima

Coletivo de Mulheres PT Guarapuava

domingo, 28 de março de 2010

Diretamente do Blog do Emir

Quem acredita na FSP (Força Serra Presidente)?

Menos de duas semanas depois de ter que se render às inquestionáveis tendências de subida da candidatura da Dilma e de estagnação e até mesmo descenso da de Serra, a FSP (Forca Serra Presidente) se apressou em fazer uma nova pesquisa, que nem esperou a tradicional divulgação de domingo, saindo no sábado.

Sem que nenhum fato político pudesse explicar, fizeram o que se imaginaria que um adepto da campanha serrista faria: levantar o animo depressivo da campanha opositora, tentando evitar o anti clímax do lançamento no dia 10 de abril da candidatura do Serra.

A manipulação – que já havia estado presente na não qualificação de empate técnico na diferença de 4 pontos – agora se revela abertamente. A FSP (Forca Serra Presidente) faz parte da direção da campanha do Serra e qualquer divulgação de pesquisa tem que ser caracterizado como manobra da campanha opositora.

Quem acredita na FSP (Forca Serra Presidente), depois de tudo que tem feito, desesperadamente, particularmente nestes últimos tempos, em que tiveram que abandonar a postura de aparente segurança na vitoria do seu colunista, o atual governador de São Paulo (ex presidente da UNE e ex prefeito de Sáo Paulo, ambos cargos abandonados por ele sem concluir o mandato), para se jogar, já sem nenhum escrúpulo, na campanha serrista?

Quem acredita no jornal que emprestou seus carros para dar cobertura à repressão da ditadura militar? Quem acredito no jornal que anunciou que haveria dezenas de milhões de vitimas da gripe suína no Brasil? Quem acredita no jornal que divulgou ficha falsa da Dilma? Quem acredita no jornal que publicou na primeira pagina artigo de suposto psicanalista acusando o governo de ter assassinado (sic) a mais de cem pessoas no acidente da TAM em Congonhas?

Quem acredita na FSP (Forca Serra Presidente), dirigida pelo filho do proprietário e não por nenhum tipo de eleição publica e democrática? Quem acredita em quem dirige o jornal porque é Frias Filho, filho do dono e não por algum tipo de mérito próprio que pudesse ter?

Quem acredita na FSP (Forca Serra Presidente) se o candidato que apóiam é colunista permanente do jornal, circula pela redação como se fosse sua casa, indica jornalistas vinculados a ele para cargos do jornal – como a diretora da redação de Brasilia, colunista da página 2, indicada por ele, conforme declaração de membro do Comite Editorial do jornal?

Como acreditar na FSP (Forca Serra Presidente) se se transformou no Diario Oficial Tucano (DOT), partido da direita brasileira, que dirigiu catastroficamente o país durante 8 anos – tendo mudado a Constituicao durante seu mandato para se beneficiar, com a compra de votos de parlamentares -, com todo o apoio desse jornaleco da Barão de Limeira?

Quem ainda acredita na FSP (Forca Serra Presidente)? Como se fez campanha no Chile, com Allende, contra o correspondente dessa imprensa no Chile, com o lema EL MERCURIO MIENTE, aqui devemos espalhar por todas partes, sobre a FSP (Forca Serra Presidente) e sobre seus congêneres, plásticos e toda forma de divulgação com o lema:

A FOLHA MENTE
O GLOBO MENTE
A VEJA MENTE
O ESTADAO MENTE.
Porque A DIREITA MENTE.


Comente aqui, ou diretamente no Blog do Emir clicando aqui


Novo jingle de Serra:

Os professores de São Paulo lançam ao Brasil e ao mundo o novo jingle da campanha de Serra:





Agora vai a letra, para você poder cantar e divulgar:




O Serra mente O Serra mente
Perdeu a chance de ser presidente
Daqui a pouco tem eleição
Lá no Planalto ele não chega não
Cambalacheiro Cambalacheiro
Engana o povo com nosso dinheiro

o Governo Serra e a sua truculência para com os professores

No ultimo sábado, dia 27-03, os professores do estado de São Paulo, que estão em greve desde o dia 05, organizaram mais uma manifestação contra a política de José Serra. Dentre elas, a aplicação de uma prova para testar quem está ou não apto a ministrar as aulas, sem contar as perdas da categoria que somam em torno de 38%. Abaixo segue a carta publicada pelo sindicato estadual (APEOESP) ao pais e a socieedade

Pela dignidade do Magistério e pela qualidade da educação Senhores pais, prezados alunos,

Você deixaria um estudante de medicina realizar uma cirurgia em seus pais ou filhos em lugar de um médico habilitado e experiente? Supomos que não. Então, por que o governo estadual permite e incentiva que estudantes e pessoas não habilitadas ministrem aulas no lugar de professores habilitados?
Com uma simples prova, o governo decidiu quem pode ou não pode ministrar aulas, desconsiderando aqueles que estudaram quatro ou cinco anos para serem professores. Com isto, não está respeitando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que determina que somente professores habilitados podem ministrar aulas. Muitos estudantes, tecnólogos e bacharéis estão ocupando essas funções.
Mas não é só isso! Todos nós percebemos que a rede estadual de ensino está um caos. As escolas estão desaparelhadas e os professores, desmotivados. O governo do Estado parece ver os professores como adversários e não como profissionais que merecem ser valorizados e bem remunerados. Acumulamos muitas perdas ao longo dos anos, pois não há uma política salarial, mas apenas bônus e gratificações.
Vocês vêem a forma desmazelada com que o governo trata as escolas estaduais. No ano passado,foram até distribuídos materiais com erros grosseiros, palavrões e temáticas inadequadas para os nossos
alunos.O governo mente na sua propaganda. Onde estão as escolas com dois professores em sala de aula? Onde estão os laboratórios de informática abertos nos fins de semana com monitores?
Através de provas e avaliações, o governo discrimina professores, não garante cursos de formação no local de trabalho, mantém salas superlotadas e não realiza concursos públicos. Hoje, 100 mil professores(ou 48% do total) são temporários. Não é possível trabalhar bem nestas condições, o que prejudica a qualidade do ensino.
Diante de tanto desrespeito, estamos dando um Basta! Queremos carreira justa, salário digno, condições de trabalho e condições de ensino-aprendizagem para nossos alunos. Por isto, precisamos da compreensão e do apoio de todos, pois, com a nossa luta, a qualidade do ensino vai melhorar.
Estamos em greve por tempo indeterminado, até que o governo negocie conosco o atendimentode nossas reivindicações em busca da melhoria da escola pública.

Diretoria da APEOESP


Logo abaixo, seguem dois vídeos da manifestação, onde a polícia parte para agressão aos professores.






Abaixo, segue a imagem de um professor carregando um policial ferido.
A foto é do jornalista Cleyton Souza da Agência Estado.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Encontro PT Guarapuava


No próximo sábado, dia 27 de março, o PT de Guarapuava estará realizando mais um encontro, desta vez para pensar candidaturas, eleições, dentre outros. Sendo assim,  reproduzo aqui a correspondência enviada via e-mail aos filiados e simpatizantes:





Olá, companheir@s.

            O diretório convoca a todos os filiados para o Encontro Municipal do PT que acontecerá neste sábado a partir das 13:30 hs as 17:30 hs na Câmara Municipal. Sua presença é indispensável.
            Neste encontro estaremos  construindo um plano de ação partidário para 2010. Outros assuntos: eleições 2010 e candidaturas.
            Para o encontro estamos contando com a colaboração do companheiro Márcio Pessati e do presidente do nosso diretório  Gilberto Malheiros.
            Por isso volto a frisar a sua presença é indispensável para que possamos construir um PT cada vez forte e democráticos.

                        VAMOS PARTICIPAR DO ENCONTRO MUNICIPAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES, DIA 27 DE MARÇO.


SAUDAÇÕES PETISTAS.


                                                                        
                                                                           Diogo Kuhm Anhaia
                                                                           Sec. de Organização   

terça-feira, 23 de março de 2010

Contribuições, todas bem-vindas

Caríssimos leitores

Primeiro gostaria de agradecer o prestígio pelo blog, alguns comentários elogiando e outros nem tanto, porém, tudo aqui é publicado e, se for o caso, respondido.
Neste caso, porém, venho agradecer ao Cesar pelo artigo enviado por e-mail para nosso blog, o qual reproduzo abaixo:



Grande Antenor


Bom dia. Mais uma pequena colaboração para o seu blog (extraído do blog do Nassif):


CESAR


A LINGUAGEM DO PRECONCEITO
Virou moda dizer que “Lula não entende das coisas”. Ou “confundiu isso com aquilo”. É a linguagem do preconceito, adotada até mesmo por jornalistas ilustres e escritores consagrados

Por: Bernardo Kucinski*

O sociólogo José Pastore diz que Lula confunde “choque de gestão” com contratação. É que para os conservadores “choque de gestão” é sinônimo de demissão.

Um dia encontrei Lula, ainda no Instituto Cidadania, em São Paulo, empolgado com um livro de Câmara Cascudo sobre os hábitos alimentares dos nordestinos. Lula saboreava cada prato mencionado, cada fruta, cada ingrediente. Lembrei-me desse episódio ao ler a coluna recente do João Ubaldo Ribeiro, “De caju em caju”, em que ele goza o presidente por falar do caju, “sem conhecer bem o caju”. Dias antes, Lula havia feito um elogio apaixonado ao caju, no lançamento do Projeto Caju, que procura valorizar o uso da fruta na dieta do brasileiro.

“É uma pena que o presidente Lula não seja nordestino, portanto não conheça bem a farta presença sociocultural do caju naquela remota região do país…”, escreveu João Ubaldo. Alegou que Lula não era nordestino porque tinha vindo ainda pequeno para São Paulo. E em seguida esparramou citações sobre o caju, para mostrar sua própria erudição. Estou falando de João Ubaldo porque, além de escritor notável, ele já foi um grande jornalista.

Outro jornalista ilustre, o querido Mino Carta, escreveu que Lula “confunde” parlamentarismo com presidencialismo. “Seria bom”, disse Mino, “que alguém se dispusesse a explicar ao nosso presidente que no parlamentarismo o partido vencedor das eleições assume a chefia do governo por meio de seu líder…” Essa do Mino me fez lembrar outra ocasião, no Instituto Cidadania, em que Lula defendeu o parlamentarismo.

Parlamentarista convicto, Lula diz que partidos são os instrumentos principais de ação política numa democracia. Pelo mesmo motivo Lula é a favor da lista partidária única e da tese de que o mandato pertence ao partido. Em outubro de 2001, o Instituto Cidadania iniciou uma série de seminários para o Projeto Reforma Política, aos quais Lula fazia questão de assistir do começo ao fim. Desses seminários resultou um livro de 18 ensaios, Reforma Política e Cidadania, organizado por Maria Victória Benevides e Fábio Kerche, prefaciado por Lula e editado pela Fundação Perseu Abramo.

Clichês e malandragem

Se pessoas com a formação de um Mino Carta ou João Ubaldo sucumbiram à linguagem do preconceito, temos mais é que perdoar as dezenas de jornalistas de menos prestígio que também dizem o tempo todo que “Lula não sabe nada disso, nada daquilo”. Acabou virando o que em teoria do jornalismo chamamos de “clichê”. É muito mais fácil escrever usando um clichê porque ele sintetiza idéias com as quais o leitor já está familiarizado, de tanto que foi repetido. O clichê estabelece de imediato uma identidade entre o que o jornalista quer dizer e o desejo do leitor de compreender. Por isso, o clichê do preconceito “Lula não entende” realimenta o próprio preconceito.

Alguns jornalistas sabem que Lula não é nem um pouco ignorante, mas propagam essa tese por malandragem política. Nesse caso, pode-se dizer que é uma postura contrária à ética jornalística, mas não que seja preconceituosa. Aproveitam qualquer exclamação ou uso de linguagem figurada de Lula para dizer que ele é ignorante. “Por que Lula não se informa antes de falar?”, escreveu Ricardo Noblat em seu blog, quando Lula disse que o caso da menina presa junto com homens no Pará “parecia coisa de ficção”. Quando Lula disse,
até com originalidade, que ainda faltava à política externa brasileira achar “o ponto G”, William Waack escreveu: “Ficou claro que o presidente brasileiro não sabe o que é o ponto G”.

Outra expressão preconceituosa que pegou é “Lula confunde”. A tal ponto que jornalistas passam a usar essa expressão para fazer seus próprios jogos de palavras. “Lula confunde agitação com trabalho”, escreveu Lucia Hippolito. Empregam o “confunde” para desqualificar uma posição programática do
 presidente com a qual não concordam. “O presidente confunde choque de gestão com aumento de contratações”, diz o consultor José Pastore, fonte habitual da imprensa conservadora.

Confunde coisa alguma. Os neoliberais querem reduzir o tamanho do Estado, o presidente quer aumentar. Quer contratar mais médicos, professores, biólogos para o Ibama. É uma divergência programática. Carlos Alberto Sardenberg diz que Lula “confundiu” a Vale com uma estatal. “Trata-a como se fosse a Petrobras, empresa que segundo o presidente não pode pensar só em lucro, mas em, digamos, ajudar o Brasil.” Esse caso é curioso porque no parágrafo seguinte o próprio Sardenberg pode ser acusado de confundir as coisas, ao reclamar de a Petrobras contratar a construção de petroleiros no país, apesar de custar mais. Aqui, também, Lula não fez confusão: o presidente acha que tanto a Vale quanto a Petrobras têm de atender interesses nacionais; Sardenberg acha que ambas devem pensar primeiro na remuneração dos acionistas.

Filosofia da ignorância
A linguagem do preconceito contra Lula sofisticou-se a tal ponto que adquiriu novas dimensões, entre elas a de que Lula teria até problemas de aprendizagem ou de compreensão da realidade. Ora, justamente por ter tido pouca educação formal, Lula só chegou aonde chegou por captar rapidamente novos conhecimentos, além de ter memória de elefante e intuição. Mas, na linguagem do preconceito, “Lula já não consegue mais encadear frases com alguma conseqüência lógica”, como escreveu Paulo Ghiraldelli, apresentado como filósofo na página de comentários importantes do Estadão. Ou, como escreveu Rolf Kunz, jornalista especializado em economia e também professor de filosofia: “Lula não se conforma com o fato de, mesmo sendo presidente, não entender o que ocorre à sua volta”.

Como nasceu a linguagem do preconceito? As investidas vêm de longe. Mas o predomínio dessa linguagem na crônica política só se deu depois de Lula ter sido eleito presidente, e a partir de falas de políticos do PSDB e dos que hoje se autodenominam Democratas. “O presidente Lula não sabe o que é pacto federativo”, disse Serra, no ano passado. E continuam a falar: “O presidente Lula não sabe distinguir a ordem das prioridades”, escreveu Gilberto de Mello. “O presidente Lula em cinco anos não aprendeu lições básicas de gestão”, escreveu Everardo Maciel na Gazeta Mercantil.

A tese de que Lula “confunde” presidencialismo com parlamentarismo foi enunciada primeiro por Rodrigo Maia, logo depois por César Maia, e só então repetida pelos jornalistas. Um deles, Daniel Piza, dias depois dessas falas, escreveu que “só mesmo Lula, que não sabe a diferença entre presidencialismo e parlamentarismo, pode achar que um governante ter a aprovação da maioria é o mesmo que ser uma democracia no seu sentido exato”.

Preconceito é juízo de valor que se faz sem conhecer os fatos. Em geral é fruto de uma generalização ou de um senso comum rebaixado. O preconceito contra Lula tem pelo menos duas raízes: a visão de classe, de que todo operário é ignorante, e a supervalorização do saber erudito, em detrimento de outras formas de saber, tais como o saber popular ou o que advém da experiência ou do exercício da liderança. Também não se aceita a possibilidade de as pessoas transitarem por formas diferentes de saber.

A isso tudo se soma o outro preconceito, o de que Lula não trabalha. Todo jornalista que cobre o Palácio do Planalto sabe que é mentira, que Lula trabalha de 12 a 14 horas por dia, mas ele é descrito com freqüência por jornalistas como uma pessoa indolente.

Não atino com o sentido dessa mentira, exceto se o objetivo é difamar uma liderança operária, o que é, convenhamos, uma explicação pobre. Talvez as elites, e com elas os jornalistas, não consigam aceitar que o presidente, ao estudar um problema com seus ministros, esteja trabalhando, já que ele é ” incapaz de entender” o tal problema. Ou achem que, ao representar o Estado ou o país, esteja apenas passeando. Afinal, onde já se viu um operário, além do mais ignorante, representar um país?

Fontes: João Ubaldo Ribeiro, O Estado de S. Paulo, 2/9/2007. Blog do Mino Carta, 16/11/2007. Blog do William Waack, 2/12/2007. Texto de Lúcia Hipólito no UOL, 24/07/2007. José Pastore, artigo no Estadão, 11/12/2007. Carlos Alberto Sardenberg, “De bronca com o capital”, Estadão, 10/12/2007. Filósofo Paulo Ghiraldelli, Estadão, 29/8/2007. Rolf Kunz, “Lula, o viajante do palanque”, Estadão, 29/11/2007. José Serra, em Folha On Line, 1º/8/2006, em reportagem de Raimundo de Oliveira. Gilberto de Mello, escritor e membro do Instituto Brasileiro de Filosofia, no Estadão de 2/8/2007, reproduzido no site do PSDB. Everardo Maciel, na Gazeta Mercantil de 4/10/2007. Rodrigo Maia, em declaração à Rádio do Moreno, 6/11/2007, 17h20. César Maia em seu blog, 12/11/2007. E Daniel Pizza em texto do Estadão de 2/12/2007.

*Bernardo Kucinski é professor titular do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA/USP. Foi produtor e locutor no serviço brasileiro da BBC de Londres e assistente de direção na televisão BBC. É autor de várioslivros sobre jornalismo

segunda-feira, 22 de março de 2010

E olha que até o UOL reconhece...

DIANA BRITO


colaboração para a Folha Online, no Rio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira os pobres e voltou a criticar a mídia e seus antecessores na política.
"Alguns setores da imprensa não veem e não enxergam ou não querem ver ou não querem enxergar, mas em muitos casos deste país está havendo um êxodo ao contrário. Pessoas da cidade estão voltando para o campo. Isso porque nós temos uma grande política de financiamento para a agricultura familiar. Temos uma grande política de assentamento de 570 mil famílias no campo. Isso porque o governo federal compra parte dos alimentos, os pequenos produzem e porque levamos luz elétrica para 12 milhões de brasileiros que moram no meio do mato", disse Lula.
Ele participou hoje da cerimônia de abertura da 5ª Sessão do Fórum Urbano Mundial - O Direito à Cidade: Unindo o Urbano Dividido. O evento, segundo a Prefeitura do Rio, reúne 15 mil participantes de 160 países.
Segundo reportagem da Folha, o presidente tem se queixado do que classifica de "atitude agressiva" de alguns setores da mídia e avalia nomear um ministro das Comunicações com "capacidade de interlocução" com a mídia.
A relação de Lula com a imprensa desde que chegou ao poder nunca foi amistosa. Ele costuma dizer que não lê jornais e chegou a afirmar que o "papel da imprensa não é o de fiscalizar, e sim de informar".
Na semana retrasada, ele disse que, "neste país, eles [empresários da mídia] não estavam acostumados a ter um presidente da República que não precisa almoçar com eles, jantar com eles e tomar café com eles para governar este país".
Hoje, durante o evento no Rio, o presidente afirmou ainda que o Brasil está vivendo um momento da história em que é possível construir um novo país, uma nova política urbana para os países em desenvolvimento.
"E possível construir sem precisar criticar o que aconteceu antes de nós. Eu digo sempre que o século 21 é o século que o administrador público tem que ter duas coisas fazer. A primeira é projetar uma cidade com melhor qualidade de vida e a segunda é fazer a reparação dos desmandos causados por muitos administradores do século 20, que permitiram que o país e muitas cidades no Brasil e no mundo se transformassem numa grande favela."
Lula também voltou a defender os mais pobres. "A coisa mais barata e a coisa mais simples que um governo tem que fazer é cuidar da parte mais pobre da população."

Retirado do Portal UOL/ Folha On Line

quarta-feira, 17 de março de 2010

Correio Caros Amigos

Caríssimos,
Recebi este artigo atrvés do correio eletrônico da Revista Caros Amigos e gostaria de partilhá-lo. Vale a pena pensar a questão das cotas e de todo preconceito que por mais negado que seja, existe e muito em nosso país.
 
 
Desvendar o mito por trás da polêmica das cotas raciais
Por Luciana Araujo

O Supremo Tribunal Federal reacendeu a discussão sobre a justeza da reserva de vagas nas universidades brasileiras para estudantes negros, afrodescendentes ou indígenas - as chamadas cotas raciais – ao realizar, na primeira semana deste mês, audiência pública prévia ao julgamento da ação impetrada pelo DEM contra a Universidade de Brasília.

O evento serviu ao menos para por a nu as reais motivações e objetivos dos DEMOcratas (ex-Arena e ex-PFL). Especialmente esclarecedora foi a declaração do senador Demóstenes Torres, digna de um senhor de engenho. Para ele, as políticas de reparação não se justificam porque a “exportação” de pessoas para o mercado negreiro teria incentivado a economia africana – logo a escravidão seria responsabilidade dos negros. O senador goiano foi além e acusou as mulheres escravizadas de serem coniventes e permissivas com os estupros sofridos.

A advogada dos DEMOcratas, Roberta Kauffmann, ex-pupila do presidente do STF, o ministro Gilmar Mendes – que foi seu orientador durante o mestrado sobre as políticas afirmativas na universidade brasileira - alegou ainda que não se pode estabelecer um processo de “racialização do país, com a segregação de direitos com base na cor da pele”.

A postura dos dois senhores acima mencionados evidencia o grau de reacionarismo e o forte racismo ainda arraigado na sociedade brasileira. É o que explica porque, mais de um século após o 13 de maio de 1888, no Brasil ainda se contrata pessoas pelo critério da “boa aparência”. Ou porque os negros recebem até 90% menos que os trabalhadores brancos para desenvolver a mesma função e são 73% dos 10% mais pobres do país. Ou, ainda, porque um jovem negro em nosso país tem quatro vezes mais chances de morrer assassinado que um menino branco. E porque nas universidades públicas brasileiras apenas 23% dos estudantes são negros (na USP, esse percentual cai para 2%).

Os dados jogam por terra o mito da “democracia racial”. Basta voltar os olhos para as favelas e periferias de nosso país – carentes de quaisquer políticas de garantia de infra-estrutura e onde o único braço do Estado que chega é o da repressão - para perceber que a pobreza no Brasil tem cor.

Essa realidade é resultado dos 358 anos de regime escravocrata no país e pela forma como se deu a abolição até hoje inconclusa. No longínquo 13 de maio, milhares de homens, mulheres, jovens e crianças foram jogados à própria sorte como se o Estado não tivesse nenhuma responsabilidade pelo fato deles terem sido seqüestrados de sua terra natal e mantidos confinados como animais durante quase meio século.

O descompromisso histórico do Estado brasileiro com os negros e as negras no país é também uma forma de perpetuação do preconceito e do racismo. Desde os tempos do regime escravista, direitos básicos são negados aos negros – assim como aos indígenas – em nosso país. É responsabilidade desse Estado reparar a distinção incentivada e patrocinada pelas instituições que fundaram as bases sócio-econômicas e políticas de nosso país.

As ações afirmativas por si só não asseguram o fim da descriminação racial, mas são um elemento concreto de reconhecimento da responsabilidade do Estado pela realidade em que vivemos. O racismo continuará existindo enquanto vivermos sob a égide do capital – que a tudo mercantiliza e se utiliza da opressão, especialmente de gênero e etnia – para legitimar a propriedade e potencializar os lucros de uns poucos ao custo das vidas de milhares. É um subproduto e uma necessidade do capital.

Mas essa realidade não anula o fato de que é devida a nós negros a reparação pela chaga escravista de quase quatro séculos da história brasileira. Enquanto isso não ocorrer, o “não racismo” nacional continuará reservando aos negros a triste representação recentemente exibida na novela ‘Viver a Vida’, da Rede Globo. Na trama, uma mulher negra até galgou o posto de protagonista, mas o enredo a fez submeter-se a ajoelhar diante de outra mulher, branca, para receber uma bofetada e ainda pedir desculpas.

Não foi à toa também que o Estatuto da Igualdade Racial recentemente aprovado no Congresso Nacional foi mitigado, retirando-se do texto as reivindicações mais profundas dos movimentos sociais que lutam contra o racismo.

E também não é uma coincidência que foram os mesmos DEMOcratas que pediram a instauração da CPMI no Congresso Nacional para criminalizar o MST. Esses são exemplos da ação organizada da burguesia brasileira, de uma elite branca e racista que controla o país e impõe, pela via da força quando necessário, sua visão de mundo. E, a julgar pela composição da mais alta corte do país – que ao longo de seus 120 anos de existência sempre atendeu aos anseios da elite que a instituiu – o processo de reparação pelos efeitos da escravidão está ameaçado de um novo retrocesso.

É fundamental a ampliação deste debate para o conjunto da sociedade brasileira e a organização de uma grande campanha em defesa das cotas raciais, bem como para que sejam assegurados os investimentos necessários à ampliação de vagas nas instituições públicas de ensino superior, para efetivar o direito de ingresso de filhos da classe trabalhadora nas universidades brasileiras. As cotas não são uma benesse do Estado aos negros e indígenas, mas o início do pagamento de uma dívida que já dura 510 anos.


Luciana Araujo é jornalista


www.carosamigos.com.br



segunda-feira, 8 de março de 2010

Receita para a liberdade de expressão

RECEITA PARA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

.
Por Urariano Mota 
.
“Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil”, assim começava o esclarecedor texto de Bia Barbosa, no site Carta Maior, esta semana. Por isso, decido expor aqui uma receita para a liberdade de expressão que nos salve de Stalin na imprensa brasileira. Como toda boa receita de bolo, há que se começar pelos ingredientes. Que são saudáveis:
.
O povo, com todos seus tentáculos Fascismo, com o nome de Princípio Ativo do Capital Mão forte, para o golpe Democracia, no gênero defesa do mercado Liberdade, para quem sempre a possuiu Ovos de crocodilo, para as lágrimas Ovos de serpente, para o veneno
E farofa, muita farofa, de preferência pronta na saliva.
.
Modus operandi, ou modo de fazer o cremoso criminoso:
.
Na batedeira dos noticiários, bata as claras dos ovos de serpente primeiro, bem unidas, a ponto de se tornarem venenosas só de serem vistas. Faça o mesmo com as claras dos ovos de crocodilos, que devem ficar no ponto do close de lágrimas na imagem e na tinta de pesar dos obituários. Acrescente o açúcar de voz melosa, suave, beatífica, de apresentadoras que de tão boazinhas, puras e pulcras viram santas no Vaticano. Bata por mais 3minutos em cada flash de exposição dessa matéria. Agora ponha as gemas de crocodilos e serpente em deliciosa mistura, junte a Democracia do mercado, Liberdade da classe mais A do Brasil, mais o Princípio Ativo do Capital, que jamais se chamará de Fascismo, e, para dar o gosto e o sabor do passado, da tradição que não falha, agite a mistura com Mão Forte, com golpes rápidos e de surpresa, à semelhança dos ladrões e assaltantes. Isso até formar uma massa homogênea, unida, submetida pela força e pela persuasão da força. Por último, ponha o fermento bem armado e bata e bata, e bata, e golpeie. Despeje a massa numa forma de classe média bem untada de valores familiares e de nossa classe contra o resto do mundo. Asse em frigideiras de reputação bem aquecidas, até fazer a massa dourar pela aceitaçãodo fogo. Reforce o fogo.
.
Os ingredientes da cobertura são simples: farofa e os ovos de serpente que sobraram.
.
Modus operandi da cobertura:
.
Retire as claras para que sejam batidas às escuras, em off. Deixe-as respirar em papel de jornais e revistas, bem expostas na sala durante o tempo dos informativos na televisão. Depois, adorne a cobertura com a frase “eu tenho medo”, em todos os espaços livres da liberdade de expressão. Sirva-a com palavras dramáticas e lágrimas de Regina Duarte. . Sei que a esta altura devem estar perguntando: e o povo, e o povo com todos os seus tentáculos, como está escrito lá em cima nos ingredientes? O que fazer com o povo? Ora, o povo entra nesta receita por figuração estética. É simples. Usa-se o povo e se joga fora. Esta é a nossa receita para a liberdade de expressão, conforme o seminário promovido pelo Instituto Millenium. Jornalistas, editores e donos do pensamento em geral poderão ter com ela a paz de evitar a eleição da Dilma Roussef. É possível que a receita não seja digerível por estômagos mais humanos. Mas com certeza dará um belo bolo.
 
Retirado de Cloaca News

Mulheres estão prontas para ocupar mais espaço de poder, afirmam petistas

No dia internacional da mulher não poderia faltar a minha homenagem às mulheres, mas não aquelas que aparecem nas revistas, nas colunas sociais, mas às mulheres guerreiras, donas-de-casa, trabalhadoras domésticas, do comércio, das ruas, as catadoras de papel, garis, enfim, todas as mulheres que têm dupla jornada de trabalho, que trabalham dentro e fora de suas casas. Essas sim deveriam sair nas colunas sociais, nos jornalões e nas homenagens feitas em sessões solenes nas câmaras municipais, estaduais e federais. Afinal de contas, o partido que ousou colocar o primeiro operário como presidente do Brasil ousará colocar a primeira mulher como presidente. Aqui vai o perfil de Dilma Roussef retirado do sitio das mulheres PT Paraná.

No momento em que o Congresso Nacional comemorou o Dia Internacional da Mulher é unânime a avaliação de que há muito está ultrapassada a idéia de sexo frágil.

Não há mais dúvida de que as mulheres têm competência e sensibilidade para comandar as mais complexas tarefas, como a Presidência da República, cargo para o qual já há sinalização de que poderá concorrer a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Na Câmara o deputado Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Casa, anunciou a criação de uma Procuradoria Parlamentar Feminina e a garantia da presença de uma mulher nas reuniões do Colégio de Líderes da Casa. A bancada feminina da Câmara é representada por 46 mulheres de diferentes partidos.

Para a deputada Cida Diogo (PT-RJ) o século 21 é o século das mulheres. "Nos próximos anos a presença da mulher na vida pública, nos postos de poder, vai se consolidar", disse. "Se avaliarmos as últimas décadas, vamos perceber o quanto avançamos no papel da mulher na sociedade. Tudo isso, graças às batalhas que enfrentamos para conquistar, por exemplo, o direito ao voto e o direito de ocupar cargos públicos".

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) espera ver aprovada a proposta de emenda à Constituição (PEC nº 590/06), que garante a representação proporcional de cada sexo na composição das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado e de cada comissão, assegurando, ao menos, uma vaga para cada sexo. Para Rosário as mulheres do parlamento, especialmente as de esquerda, carregam a importante missão de buscar avanços para todas as mulheres do País. "Quando o valor e a capacidade das mulheres são reconhecidos, toda a sociedade melhora, porque elas carregam consigo o sentimento de igualdade", afirmou.

Novo olhar

A deputada Iriny Lopes (PT-RS) também faz um balanço positivo das conquistas femininas e aposta que se for confirmada a candidatura da ministra Dilma, ela dará ao movimento feminino um novo olhar. "A Dilma abrirá uma nova etapa da luta das mulheres no Brasil". Iriny avalia que houve avanços significativos na participação da mulher na vida do País, no entanto, a petista adverte que ainda não foi alcançado igualdade plena entre homens e mulheres, em especial na política.

A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP) considera de "suma importância" a pré-candidatura da Dilma, principalmente pelo trabalho que ela executa no comando do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "É um novo olhar para o gerenciamento da nação. Grande parte das mulheres já são chefes de família, elas têm uma visão de prioridade para a família, destacou Janete. Durante o Fórum Social Mundial, que ocorreu em Belém do Pará no final de janeiro, a ministra Dilma Rousseff disse que ainda não é candidata, mas considerou que o Brasil está preparado para ter uma mulher à frente do comando do País. "O Brasil está preparado para ter uma mulher presidente, um presidente negro, um presidente índio. O Brasil é uma sociedade democrática", disse.

Desafios

De acordo com as parlamentares petistas, são muitas as conquistas mas a luta por paridade salarial, mais postos de chefia e assistência social às mulheres brasileiras, ainda é um grande desafio.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Ministro Paulo Bernardo fará representação contra denúncias de Requião no MPF

Nesta sexta-feira (5) às 11 horas, o ministro do Planejamento Paulo Bernardo tem audiência no Ministério Público Federal - Procuradoria da República, em Curitiba, onde apresentará representação por conta das denúncias do governador Roberto Requião. Na representação, pedirá providências para esclarecer as denúncias feitas pelo governador, que tentam atingi-lo pessoalmente.

O ministro fará referência à denúncia de tentativa de superfaturamento de obra federal no Paraná, sobre uma suposta compra de rádio no interior do Estado e sobre insinuações do governador de que teria CDs com gravações que comprometeriam o ministro.

Além da representação ao Ministério Público Federal, Paulo Bernardo também entrará com duas ações contra Roberto Requião. Uma agora, na área cível, e outra, de caráter criminal, depois de três de abril.  A data para a ação criminal contra Requião deve-se à provável renúncia do governador, para concorrer às eleições de outubro. Assim, após a renúncia, ficaria sem o direito a foro privilegiado.

"Prefiro esperar, no caso da ação criminal, para que o futuro réu responda na condição de cidadão normal, sem poder esconder-se atrás da condição de governador", afirmou Paulo Bernardo, que estará à disposição da imprensa após a audiência. "Vou falar com quem estiver lá. Depois, não falarei mais. Isso será tarefa dos advogados".

Com informações da assessoria de comunicação PT

quarta-feira, 3 de março de 2010

Homenagem às mulheres do Brasil e aos 30 anos do PT

Casa Civil: Folha de S.Paulo maquia e manipula dados do PAC

Leia abaixo resposta da Casa Civil da Presidência da República a propósito da manchete do jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira (2):

FOLHA DE S. PAULO MAQUIA DADOS SOBRE O PAC

1. São infundadas e inaceitáveis as acusações do jornal Folha de S. Paulo (02.03.2010) a respeito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Se existe "maquiagem" ou tentativa de "esconder" informações em relação ao PAC, ela está na reportagem do jornal, e não nos balanços periódicos do Programa.
2. A Casa Civil da Presidência da República reitera que não há hipótese de manipulação das informações dos nove relatórios do PAC. Os balanços são transparentes e sempre foram amplamente divulgados e exaustivamente analisados pela imprensa. Tanto é assim que, a partir deles, a própria Folha pode fazer sua pesquisa e sua pauta para a elaboração da reportagem. Além disto, os dados estão disponíveis a qualquer interessado na internet
3. Todas as alterações de cronogramas das ações do PAC estão registradas nos balanços, como, aliás, admite a própria Folha ao longo do texto: "(...) em consultas ao primeiro balanço oficial do PAC, de maio de 2007, e aos oito seguintes (...) descobre-se que muitas das obras (...) passaram por uma revisão de metas e tiveram seu prazo de conclusão dilatado..."
4. Os balanços do PAC sempre fizeram referência às ações desenvolvidas dentro do Programa, classificando seu andamento como "adequado", "atenção" ou "preocupante" de acordo com os riscos apresentados à execução de cada uma.
5. Mesmo alertada sobre esse critério objetivo, a Folha optou pelo caminho da manipulação ao selecionar uma amostra parcial de 75 ações do primeiro balanço (de um total de 1.646) para concluir, de maneira premeditada, que 75% das ações do PAC estão atrasadas. A Folha erra ao tomar o resultado de uma amostra e aplicar o percentual sobre o total de ações.
6. O fato é que das 2.471 ações monitoradas, metade foi concluída, 44% estão com ritmo adequado de execução, 5% em atenção e 1% em situação preocupante. Se metade foi concluída, como poderia haver 75% atrasadas?
7. A verdade é que, em valor, 40,3% das ações foram concluídas, representando investimentos de R$ 256,9 bilhões. Somados às ações em andamento, os investimentos do PAC, de 2007 a 2009, totalizaram R$ 403,8 bilhões - 63,3% da meta até o final de 2010.
8. Já o desmembramento de algumas ações (que o jornal chama de "fatiamento") deve-se a sua complexidade e visa a aprimorar seu monitoramento. É o caso, por exemplo, da duplicação da BR 101 Nordeste, obra de mais de 1.000 Km de extensão, atravessando seis estados, e com diferentes estágios de execução.

Assessoria de imprensa da Casa Civil
Terça-feira, 2 de março de 2010

Com informações do Portal PT

terça-feira, 2 de março de 2010

PT Paraná rompe com Governo Requião

Depois das acusações do governador Roberto Requião contra o Ministro Paulo Bernardo, a Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores decidiu pelo rompimento com o Governo Requião. Leia abaixo a nota oficial:

 

Nota da Executiva do Partido dos Trabalhadores do Paraná


A Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores, reunida em Curitiba nesta segunda-feira, dia 1 de março de 2010, analisou o quadro político no Estado do Paraná e considera que:
- Foi acertada a decisão de participar do governo Requião. Consideramos que os secretários estaduais e assessores filiados ao PT exerceram de forma leal e produtiva suas funções, contribuindo para a construção de parceiras com o Governo Federal, que foram importantes e ajudaram para que o Governo do Estado fosse bem avaliado, como é;
- Consideramos que seria adequado o PT  e o PMDB continuarem caminhando juntos nas eleições de 2010. Por isso, procuramos por diversas vezes a direção do PMDB, propondo o diálogo para construirmos,  juntamente com os partidos aliados do Governo LULA, uma candidatura capaz de vencer as eleições do Paraná e evitar o retrocesso no Estado às praticas políticas de governos como o do período de Jaime Lerner, hoje representada na candidatura do PSDB e seus aliados no Paraná.

- Entretanto as manifestações públicas do governador dificultam o avanço da aliança proposta para 2010.

- Manifestamos, mais uma vez, nossa concordância com a maioria dos programas e políticas públicas do governo estadual, para os quais contribuímos nestes anos de forma decisiva, desde a elaboração e execução até a operacionalização de cada uma delas. Lamentamos que, na área política, a relação esteja cada vez mais difícil. Manter esse tensionamento nos leva, obrigatoriamente, a um rompimento.

- Diante de um conjunto de declarações e posições assumidas pelo governador, a Executiva Estadual do PT do Paraná determina que os filiados que participam do governo Requião deixem os cargos de confiança que ocupam nesta data.

No atendimento desta determinação, os filiados deverão garantir as condições necessárias para que os programas e as políticas públicas em andamento não sofram interrupções, pois temos a responsabilidade histórica com o povo do Paraná que não pode sofrer prejuízos diante desta decisão.

Curitiba, 1º de março de 2010.

Executiva do Partido dos Trabalhadores do Paraná

Com informações do Portal PT Paraná

segunda-feira, 1 de março de 2010

Gleisi comemora crescimento de Dilma nas pesquisas

Na manhã desta segunda-feira (01) a pré-candidata ao Senado Gleisi
Hoffmann comemorou a pesquisa divulgada ontem pelo jornal Folha de São
Paulo, que mostra que a ministra chefe da Casa Civil Dilma Roussef cresceu
cinco pontos nas intenções de voto para a presidência da República. A
pesquisa mostra ainda que a diferença entre José Serra e Dilma Roussef
recuou de 14 para quatro pontos percentuais.

“Sempre apostamos no crescimento da Dilma, por sua história, preparo e compromisso com as causas populares. Esta última pesquisa evidencia a consolidação de sua candidatura”, comenta Gleisi. “Para mim é uma alegria iniciar o mês de março, quando comemoramos o Dia Internacional da Mulher, com a Dilma subindo nas pesquisas. Esta cada vez mais próxima da realidade a eleição de uma mulher para governar o Brasil”, comemora Gleisi.

Com informações da Assessoria de Imprensa