terça-feira, 24 de agosto de 2010

Projeto de lei do horário do comércio

O vereador Antenor Gomes de Lima (PT) retirou da pauta de votações o Projeto de Lei que pregava o fechamento do comércio aos domingos. O PL tinha emendas propostas pelo vereador Elcio Melhem (PP).
Antenor tomou a iniciativa após a audiência pública que aconteceu na manhã desta segunda-feira (23) na Câmara e que levou ao plenário representantes de várias entidades, principalmente, patronais. Antenor não esteve presente por se encontrar em horário de expediente numa das unidades de saúde de Guarapuava onde atua como médico. Melhem também não estava. Nenhum dos sindicatos (trabalhadores e patronal) compareceu.
Como a Rede Suld e Notícias antecipou logo após a audiência pública, um substitutivo deverá ser apresentado com propostas que sejam consensuais.

Com informações da Rede sul de Notícias

domingo, 22 de agosto de 2010

Audiência Pública

Reitero aqui o convite para a audiência pública que debaterá sobre o horário de funcionamento do comércio no município.
Se você concorda com o projeto de Lei ou discorda dele, esta é a hora de demonstrar sua opinião.

Debata, participe da discussão, a palavra será aberta  a toda comunidade e você tem um papel essencial.



A plenária será na Câmara Municipal, nesta segunda-feira as 10 horas.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

PEC 64/09 que regulamenta subsídio da PM será votada na próxima terça

A Proposta de Emenda à Constituição(PEC) nº 64/09, que regulamenta no Paraná o subsídio dos policiais militares será votada na próxima terça-feira,24. Apresentada pelo então deputado Professor Lemos (PT), o documento determina que o subsídio seja implantado como forma de remuneração dos servidores militares do Paraná.

Os salários pagos aos policiais englobam várias gratificações, a partir da alteração através da PEC será um vencimento mensal, em conformidade com o que estabeleceu a Constituição Federal através da Emenda Constitucional nº 19, de junho de 1998.



A remuneração através do subsídio pode representar um ganho adicional de 25% sobre os vencimentos da categoria.Atualmente, um soldado em início de carreira tem um salário de aproximadamente R$ 1,7 mil. Deste valor, R$ 378 é referente ao soldo e o restante são gratificações como tempo de serviço, cursos e local de atuação.

“Precisamos avançar com a PEC. Essa alteração na Constituição do Estado vai proporcionar o subsídio, que é a remuneração do servidor público em parcela única, que incorpora todas as gratificações e vantagens. Depois desta análise feita pelos assessores do Copelergis e os ajustes que se fazem necessários, a PEC segue para o Presidente da Casa para então a tramitação ocorrer. Precisamos fazer com que os policiais do Paraná sejam remunerados de uma forma digna. O subsídio vai estimular a carreira, melhorar as condições de trabalho e evitar os desvios de função”, explica Lemos.

 Ao protocolar a PEC à Mesa Executiva do Legislativo em 23 de setembro de 2009, Lemos contava com a assinatura de 26 deputados. Para a aprovação da PEC em plenário, no entanto, será necessário o apoio de no mínimo 33 deputados.Depois de aprovada em redação final, a emenda constitucional deve ser promulgada pela Mesa Diretora da Assembleia.


 
Fonte: Liderança do PT
 

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Audiência Pública

Reproduzo abaixo o convite para a audiência púbica da próxima segunda-feira:

                         C O N V I T E
             
             
                               A Câmara Municipal de Guarapuava,  tem a honra de convidá-lo para participar da AUDIÊNCIA PÚBLICA com o Tema: ABERTURA E FECHAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, INDUSTRIAIS, PRESTADORES DE SERVIÇOS E DAS REPARTIÇOES PÚBLICAS DO MUNICIPIO, reunião que realizar-se-á no dia 23 de agosto do fluente ano, as 10:00 horas, no Plenário da Câmara Municipal, sendo a sua presença indispensável.
 
 
                                       Atenciosamente
 
 
                              JOÃO CARLOS GONÇALVES
                                     Vice - Presidente CMG
 
Foro de São Paulo completa 20 anos reunindo a América Latina e o Caribe em Buenos Aires

Luiz Antônio Alves
*Correspondente da Agência Brasil na Argentina*

Buenos Aires - Criado em 1990, quando faltavam poucos meses para o fim da
União Soviética e em meio à dissolução do bloco socialista europeu, o Foro
de São Paulo comemora 20 anos realizando sua 16ª reunião na capital
argentina, buscando ampliar o conceito que resultou em sua criação pelo
Partido dos Trabalhadores (PT) e por outras organizações políticas da
América Latina e do Caribe. De acordo com Valter Pomar, secretário de
Relações Internacionais do PT e secretário executivo do Foro, a organização
quer consolidar a participação dos partidos de esquerda, progressistas e
populares nos governos da região. Segundo Pomar, esses partidos já estão
presentes em número expressivo de governos latino-americanos e caribenhos.

Outro objetivo do Foro de São Paulo, na reunião em Buenos Aires, é
"aprofundar o processo de integração continental. Temos um processo bastante
avançado mas ele pode avançar muito mais no âmbito cultural, econômico,
politico e de defesa. Achamos que tudo que acontece em um país depende da
sua integração, e vice-versa". O secretário executivo do foro acrescenta um
terceiro objetivo da reunião: "evitar que tenha sucesso o contra-ataque da
direita, que faz o que pode e o que não pode para retomar espaço na América
Latina".

Os integrantes do Foro de São Paulo acreditam, segundo documento que serve
de base para as discussões que acontecem em Buenos Aires, que a integração
latino-americana e caribenha pode ser demonstrada por meio de diferentes
instituições, como é o caso da Aliança Bolivariana para os Povos da América
Latina e o Caribe (Alba) e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O
documento também afirma que a própria Organização dos Estados Americanos
(OEA) tem passado por mudanças substanciais em suas relações com os Estados
Unidos e com os países latino-americanos. Um exemplo dessas mudanças,
segundo o documento, é a recusa sucessiva de três candidatos apresentados
pelo governo norte-americano para ocupar a secretaria-geral do órgão. O
documento afirma que, até agora, os Estados Unidos "manejavam à vontade"
este cargo.

Sem fazer referência a nomes, o documento também diz que "a nova realidade
da América Latina pode ser vista com maior clareza quando comparada com o
panorama que prevalecia em décadas anteriores, marcadas por uma sucessão de
ditaduras militares. A caracterização social dos governos mudou, com os
casos paradigmáticos de um operário metalúrgico ou de um líder indígena que
chegaram à Presidência de seus países por meio de milhões de votos de seus
compatriotas". Para os dirigentes do Foro de São Paulo, a política de
esquerda de alguns governos latino-americanos gerou benefícios concretos
para a população, particularmente aos setores mais excluídos". Além disso,
esses governos ampliaram e aprofundaram a democracia, abrindo espaço para
novas formas participativas e diretas da população.

O documento-base do Foro de São Paulo critica "o cataclismo financeiro
iniciado nos Estados Unidos que se propagou rapidamente pelo resto do
mundo", afirmando que esta não é apenas uma crise financeira, mas do próprio
sistema capitalista. "A recuperação é incerta e há riscos de que o mundo
caia novamente numa recessão global", diz o documento, "tendo como custo a
pobreza e o desemprego. A falta de oportunidades de trabalho continuará
elevada no mundo por vários anos".

Por outro lado, o foro destaca que a crise não foi tão aguda, pelo menos em
algumas áreas da América Latina, porque em vários países da região foram
aplicadas políticas que compensaram, em grande parte, o impacto recessivo.
"Estas políticas", segundo o documento, "foram possíveis porque os países
acumularam importantes reservas monetárias que puderam ser usadas para
compensar a queda das exportações e a saída de capitais".

As diversas delegações de países latino-americanos e caribenhos que
participam da 16ª Reunião do Foro de São Paulo estão discutindo a fundação
de escolas e centros de capacitação, politicas de defesa regional e
continental, o meio ambiente e as mudanças climáticas, a democratização dos
meios de comunicação, a soberania nacional e a descolonização, entre outros
temas. O encontro em Buenos Aires termina na próxima sexta-feira (20), com a
divulgação das resoluções finais.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Dilma muito perto de ganhar eleição no 1º turno

A candidata da Coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, tem 41% das intenções de voto para presidente da República, revelou ontem pesquisa Datafolha divulgada pelo Jornal Nacional, da TV Globo. Dilma está 8 pontos percentuais à frente do adversário José Serra (PSDB), que tem 33%. Já a candidata Marina Silva (PV) tem 10% da preferência do eleitorado.

Segundo o Datafolha, faltam apenas 3 pontos percentuais para que Dilma vença a eleição no primeiro turno. Ela lidera a corrida presidencial segundo as sondagens dos quatro principais institutos do país: Ibope, Sensus, Datafolha e Vox Populi.

As intenções de voto em Dilma subiram 5 pontos percentuais em relação à última pesquisa Datafolha, divulgada em 24 de julho, enquanto José Serra perdeu 4 pontos. Naquele levantamento, Dilma tinha 36% das intenções de voto e estava, portanto, um ponto percentual atrás de José Serra.

Num eventual segundo turno, Dilma venceria a eleição com 49% dos votos dos eleitores. Serra teria 41%. O Datafolha ouviu 10.856 pessoas entre os dias 9 e 12 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Dilma comenta pesquisas

A candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, classificou hoje as pesquisas eleitorais como um “retrato da conjuntura”, embora a vantagem de 8 pontos percentuais sobre o adversário José Serra (PSDB), revelada ontem pelo Datafolha, indique, segundo ela, que sua campanha está no caminho certo. Para Dilma, além disso, as pesquisas de intenção de voto não dão “nenhum outro indicador”.

“A eleição é no dia 3 de outubro, quando, de fato, o povo faz sua manifestação democrática”, ponderou Dilma em entrevista coletiva neste sábado. “Para ganhar eleição, não é pesquisa que importa. O que importa é a gente se esforçar ao máximo para comunicar o programa que nós desenvolvemos, de continuidade e aprofundamento do governo Lula, e discutir cada vez mais com a população através deste contato pessoal, extremamente afetivo com a população.”

Para Dilma, a vantagem sobre os adversários, retratada nas pesquisas de intenção de voto, não fará sua campanha subir no salto alto. “Não vamos correr esse risco”, garantiu a candidata, para quem salto combina “autossuficiência e soberba”.

Fonte: Dilma13.com.br

sábado, 14 de agosto de 2010

Lula: Juventude conquistou o direito a ter políticas públicas específicas


O presidente Lula reafirmou o seu compromisso com os jovens brasileiros ao assinar, nesta quinta-feira (12), decreto que convoca a 2ª Conferência Nacional da Juventude, entre os dias 8 e 11 de setembro de 2011. O evento ocorreu na data em que se comemora o Dia Nacional da Juventude -- e 2010 foi instituído pela ONU como o Ano Internacional da Juventude. Em discurso, Lula disse que os jovens do País são prioridade de governo.
“A juventude venceu uma parte dos desafios de mostrar que é um segmento social com direito a políticas específicas que atendam suas necessidades”, disse o presidente, lembrando o marco histórico que foi a aprovação da PEC da Juventude, promulgada em julho deste ano e aprovada por unanimidade no Congresso Nacional. “Graças a esta emenda, o termo ‘jovem’ passa a constar no capítulo de direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal, assegurando à juventude direitos que já foram garantidos constitucionalmente às crianças, aos adolescentes, aos idosos, indígenas e mulheres.”
Durante o encontro serão discutidas as prioridades do Plano Nacional de Juventude para o período 2011-2015, além dos temas: Democracia, Participação e Desenvolvimento Nacional; e Articulação e Integração das Políticas Públicas de Juventude. Entrevistamos o presidente do Conselho Nacional da Juventude, Danilo Moreira, que comemora a convocação da 2ª Conferência Nacional da Juventude, mostrando assim seu compromisso com os jovens brasileiros.
Para Lula, uma vez que pauta da juventude foi instituída como política de Estado, não poderá ser excluída do programa dos próximos governos. “Se cada governante fizer uma parcela, um pouquinho, a gente pode chegar daqui a alguns anos e ter cumprido as necessidades de atendimento da juventude brasileira”, afirmou, lembrando que seu governo deu atenção especial à educação, principalmente ao ensino superior (com a criação de 14 universidades) e técnico (em oito anos, criou 214 escolas técnicas -- o Brasil tinha até 2003 apenas 140).
O presidente ressaltou ainda que as conferências nacionais foram um dos instrumentos de seu governo para consolidação de uma convivência democrática “em um momento histórico em que nem o Estado nem o governo têm medo de conversar com a sociedade”. Lula lembrou que houve muitos governantes que tinham medo de falar com a sociedade porque governavam apenas para uma parcela das pessoas. “Nós construímos uma relação sadia, pelo fato de tratarmos as pessoas com respeito. Esta relação com a sociedade brasileira era um dos sonhos que eu tinha, um dos legados que eu queria deixar”, avaliou.

Artigo publicado originalmente pelo site "Construindo Um Novo Brasil"

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Atentado em Bogotá ameaça política de distensão

A bomba que, na manhã dessa quinta-feira (12/8), explodiu perto dos escritórios da Rádio Caracol e da Agência Efe, na capital colombiana, pode afetar o presidente recém-empossado, Juan Manuel Santos. O discurso moderado do novo mandatário está submetido à primeira onda de pressão, para regozijo de seu antecessor, Álvaro Uribe.

A primeira reação de Santos, mesmo sem indicar concretamente qual grupo teria sido responsável, foi definir o atentado como “terrorista”. Agiu com rapidez e determinação, aparentemente preocupado em não perder espaço para os setores extremistas do bloco conservador que o sustenta. Evidente seu desgosto com as consequências políticas da explosão em Bogotá.

Ainda que o dedo acusatório esteja apontado, por ora subliminarmente, para as FARC ou o ELN, é questionável se essas organizações insurgentes teriam interesse em ataque dessa natureza, incomum no seu modo de operação. São raros os registros, especialmente nos últimos anos, de incursões guerrilheiras nas grandes cidades, ainda mais com o uso de carros-bomba. 
Por que as FARC, que recentemente voltaram a apresentar proposta de pacificação, buscando romper seu isolamento, iriam golpear veículos de comunicação? A loucura política, é verdade, eventualmente as levaria à lógica do recrudescimento da violência com o objetivo de forçar alguma negociação. O clima de conciliação entre Santos e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, poderia até ter agravado percepção de fraqueza, induzindo a gestos desesperados de sobrevivência. Mas essa não é a única hipótese razoável para o atentado.

Explosivos corresponderam, nas últimas décadas, ao padrão de atuação dos cartéis da cocaína, cujas ofensivas de terror tiveram como alvo os centros urbanos, escolhidos como espaço visível para atos de vingança e batalhas entre máfias. Os grupos paramilitares, de ultra-direita, sabidamente forneciam mão de obra para essas atividades, em troca de régio financiamento.

Não seria surpreendente se alguma dessas patotas, servindo a estratégias de confronto, tivesse se encarregado da operação terrorista sob investigação, cuidando para que a autoria fosse imputada à guerrilha.  Tal cenário seria útil para debilitar o presidente Santos, questionar seu relacionamento com a Venezuela e fortalecer os círculos mais vinculados ao enorme aparato de guerra construído por Uribe.

Breno Altman é jornalista e diretor editorial do sítio Opera Mundi (www.operamundi.com.br)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

HORÁRIO DO COMÉRCIO VOLTA À PAUTA DA CÂMARA HOJE

Hoje voltará à pauta da Sessão da Câmara Municipal para segunda votação o Projeto de Lei Complementar 01/2010, o qual diz respeito ao horário de funcionamento do comércio de Guarapuava, dentre outros, o horário dos supermercados.

Na sessão de hoje, vão à votação o PL 01/2010 mais a emenda do apresentada pelo vereador Elcio Melhem que supre alguns artigos do projeto e propõe que volte a redação original da Lei 013/2006, ou seja, não muda nada, o comércio decidirá quais são os horários de funcionamento (sábados, domingos e feriados).

Este é um convite a você para que acompanhe a sessão e as discussões do projeto.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Artigo Destaque

Enviado por Valter Pomar

Atacar o Irã: erro iminente
3/8/2010, Ruqayyah Shamseddine, Al-ManarTV, Beirute
http://www.almanar.com.lb/NewsSite/NewsDetails.aspx?id=148986&language=en
A partir de 1945, os EUA já tentaram derrubar pelo menos 50 governos estrangeiros – incluída a última tentativa, em curso, de derrubar o governo eleito do Irã. Essa vergonhosa estatística não é resultado apenas de má política externa; quando o presidente Obama assinou a decisão e converteu em lei, dia 1/7/2010, as sanções contra o Irã, não cometeu erro de desatenção, nem errou por descuido. A política externa dos EUA pode ser comparada à ação de um assassino serial.
Estrangulamento econômico e agressão militar contra o Irã
As sanções agem em silêncio, mas são terrivelmente mortíferas. Matam combatentes e não-combatentes indiscriminadamente e covardemente. Basta ver as sanções que os EUA impuseram ao Iraque: o pesquisador Richard Garfield estima que “pelo menos 100 mil ou, em avaliação mais rigorosa, mais de 220 mil recém-nascidos e bebês morreram, no Iraque, entre agosto de 1991 e março de 1998, por causas motivadas ou diretamente relacionadas às sanções econômicas”.
O governo Obama divulgou as sanções econômicas dos EUA contra o Irã como se fossem medidas “pacíficas” – tentativa pacífica de asfixiar a economia iraniana, cujo único objetivo era tentar pacificamente paralisar o país. Não bastasse, no final de junho cerca de uma dúzia de navios de guerra dos EUA e pelo menos uma corveta israelense cruzaram o Canal de Suez seguidas de três esquadras navais – em ato flagrante de provocação e tentativa de intimidação, que veio coordenado com agressiva retórica imperialista.
Dia 1º de agosto, o almirante Mike Mullen – chefe do Estado-maior do exército dos EUA, disse que os EUA têm planos prontos para atacar o Irã. Falando no domingo ao programa “Meet the Press” da rede NBC, Mullen disse que “as opções militares estavam sobre a mesa e continuam sobre a mesa. Espero que não cheguemos até lá, mas é opção importante e é opção já bem compreendida”.
Grande número de jornalistas, dos mais bem qualificados aos inqualificáveis, têm-se dedicado a converter a Resolução n. 1.553 da Câmara de Deputados dos EUA, em petulante brincadeira de desocupados; convertendo o que bem poderia ser uma avalanche de repúdio nascida da opinião pública norte-americana, em retórica a mais oca, para assim suavizar o que jamais deixou de ser manobra política de alto conteúdo tóxico.
O corpo de jornalistas-correspondentes dos grandes jornais já nem falam do número de baixas na população civil, na pobreza e na subpobreza em que naufragam os territórios palestinos ocupados pela entidade sionista ou da grotesca cumplicidade entre regimes ocidentais. Nada disso. A cobertura que a imprensa, jornais e televisão, oferece da invasão, nos dois casos, tanto no Iraque quanto no Afeganistão, começou com algum alarido e rapidamente se converteu em sussurro, para só reaparecer, sempre tímida, quando clamam aos céus as cinzas de grande número de mortos ou acontece algum aniversário ‘histórico’ sem importância alguma.
Se, ou quando, o Irã for militarmente agredido, não será diferente.
A Câmara de Deputados dos EUA ‘exige’ guerra
A Resolução 1.553 da Câmara de Deputados dos EUA não finge nem tenta fingir que ‘anseia’ por alguma paz. Sua razão de ser vem explícita, jogada à cara do mundo:
“Expressamos integral apoio ao direito do Estado de Israel (...) de usar todos os meios necessários para enfrentar e eliminar a ameaça que vem da República Islâmica do Irã, inclusive o direito de usar força militar.”
Os deputados Republicanos dos EUA deram carta branca a Israel, hoje envenenada e que pode, em breve, estar também encharcada de sangue; o Estado sionista recebeu luz verde e os deputados dos EUA lhes gritam “Abrir fogo!”
Independente do que o conjunto hoje hegemônico de pseudo-intelectuais e políticos queira fazer-crer ao mundo, Israel não tem qualquer preocupação com a opinião pública, sempre que se trata de agir ao arrepio da lei internacional e de qualquer lei. Incontáveis vezes, sempre e sempre, Israel já deu provas de que sua agenda está acima de qualquer lei, e ninguém, até hoje, conseguiu levar o regime sionista às barras de algum tribunal, ou obrigá-lo a prestar contas de uma lista-de-lavanderia de crimes de guerra contra o povo palestino e o povo libanês. Israel não é Estado de Direito e jamais obedeceu a lei alguma, sempre em conluio com seu parceiro de crimes, os EUA.
As forças de ocupação israelenses já treinam para atacar o Irã
Dia 30 de julho, a mídia em Israel noticiou que as Forças de Ocupação Israelenses estavam em “treinamento militar na Romênia, em terreno montanhoso e de cavernas, semelhante aos túneis de montanha nos quais o Irã enterrou suas instalações nucleares. Seis aviadores israelenses morreram em acidente com um helicóptero Sikorsky “Yasour” CH-53 nas montanhas dos Cárpatos romenos, na 2ª-feira, 26/7. O acidente ocorreu na fase final de exercício conjunto de três exércitos, EUA-Israel-Romênia[1], em que se simulava um ataque ao Irã”.
A rede PressTV libanesa noticiou, dia 1º/8, que Israel ameaça abertamente bombardear as instalações nucleares iranianas há anos, mas
“a probabilidade de ataque desse tipo aumentou significativamente, dada a crescente impaciência de Telavive com as sanções do Conselho de Segurança da ONU e dos EUA e outras medidas assemelhadas adotadas unilateralmente pelos EUA e pela União Europeia, que até agora não apresentaram o resultado esperado de alterar a posição de Teerã, de defender seu programa nuclear para fins pacíficos.”
Ouvem-se mais altos os tambores de guerra e o sinal é mais claro
Senadores dos EUA declararam, em uníssono, que as sanções contra o Irã não impedirão a República Islâmica de perseverar em suas “ambições nucleares” – em termos que leigos entendam: os políticos norte-americanos ‘exigem’ que o Irã pare de fazer o que o Irã já declarou incontáveis vezes que não está fazendo. Se o Irã não parar de fazer o que não está fazendo (i.e. fabricando bombas atômicas etc.), haverá consequências, incluído aí um cenário de Apocalipse, que interessa muito, é claro, a Israel.
Do senador dos EUA Joseph “Bombardeiem o Irã” Lieberman:
“Considero profundamente importante que a liderança iraniana fanática entenda que falamos muito sério sobre o programa de bombas atômicas deles, e se dizemos que não aceitamos que o Irã se torne nuclear, não aceitamos e não aceitaremos – e podemos e faremos qualquer coisa para impedir que o Irã se torne nuclear.
Depois virão as sanções, sanções violentas, sanções econômicas. Francamente, é a última chance que damos ao Irã de pouparem o mundo inteiro, inclusive os EUA, de terem de tomar uma dura decisão entre permitir um Irã nuclear e usar nosso poder militar para impedir que continuem nucleares.”
Do senador dos EUA Evan Bayh:
“Temos de considerar a opção final, o uso da força para impedir o Irã de construir uma arma nuclear.”
De Leon Panetta, diretor da CIA:
“Acho que as sanções terão algum impacto (...) Mas afastarão o Irã de suas ambições de alcançar capacidade nuclear? Provavelmente, não.”
Na reunião do G8, em julho, o presidente Obama declarou que o Irã teria prazo até setembro para aceitar as propostas internacionais que visam a impedir que a República Islâmica desenvolva armas nucleares. Setembro é o prazo final.
Os EUA não agirão sozinhos em guerra contra o Irã, nem nada leva a crer que os EUA declararão guerra ao Irã. Israel, que já provou sobejamente apoio integral ao terrorismo imperialista terá a tarefa de acender o pavio. Afinal de contas, quem impedirá a entidade sionista ilegal de fazer no Irã o que já fez no Líbano e em Gaza e faz em cada precioso palmo da terra palestina ocupada?
O Irã já se manifestou claramente, sem meias palavras, como tantas outras vezes. O embaixador do Irã à ONU, Mohammad Khazai, já disse que “se o regime sionista cometer qualquer agressão em território do Irã, incendiaremos todo o front dessa guerra que eles inventaram, e Telavive arderá.”
Setembro está perto e logo saberemos se Israel e EUA cumprirão, ou não, suas muitas ameaças. Todas as guerras provocadas por Israel ao longo de sua história de perversidades foram guerra de agressão ditas ‘preventivas’. O tempo dirá se tentarão acrescentar o Irã, como mais uma marca em pistola de matador. Se tentarem, saberão: foi a última vez.


[1] Sobre o acidente e esses exercícios militares, ver Robert Fisk, 2/8/2010, The Independent, em português "Israel já se meteu pela União Europeia adentro… e ninguém viu!", no Blog O outro lado da notícia (em http://www.vermelho.org.br/blogs/outroladodanoticia/?p=44375).

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Chile

29 mapuche seguem em greve de fome em protesto à Lei Antiterrorista

Há quase 20 dias, presos políticos mapuche iniciaram uma greve de fome em Angol, Concepción, Temuco e Valdiva, no Chile, para protestar contra a aplicação da Lei Antiterrorista, que os mantém presos, e pedir a desmilitarizaçã o das zonas onde as comunidades mapuche reivindicam direitos territoriais. Todos os indígenas estão em prisão preventiva, alguns há mais de um ano e meio.

A Lei Antiterrorista permite que os acusados, considerados como grave ameaça à segurança da população, sejam mantidos presos preventivamente por até dois anos,também impede que os advogados de defesa tenham acesso à investigação e permite a apresentação de testemunhas "protegidas", cuja identidade e facção são mantidas em sigilo.

A aplicação da Lei permite que a Promotoria trate os suspeitos como `inimigos perigosos da sociedade' e os mantenham detidos mesmo com poucas provas sobre a veracidade da acusação. A inserção de `testemunhas sem rosto' e as investigações secretas acabam roubando dos acusados o direito e a possibilidade de ter uma defesa adequada. Neste caso, a presunção de inocência (o acusado é inocente até que se prove o contrário) é invertida e algumas condenações por delitos leves chegam a ter suas penas triplicadas.

Até o momento, as informações são de que 29 mapuche já aderiram à greve de fome. Os indígenas informaram que pretendem levar o protesto `até as últimas consequências' a fim de conseguir o atendimento de suas demandas. Segundo informações da Coordenação de Organizações Autônomas Mapuche Santiago, após 13 dias de greve de fome líquida os presos já haviam perdido entre 3kg e 7kg.

Os presos políticos têm como principais exigências a devolução de suas terras ancestrais, a desmilitarizaçã o destes territórios, o fim da aplicação da Lei Antiterrorista, a liberdade de todos os presos políticos do povo mapuche e o tratamento igualitário na justiça. No entanto, grande parte dos protestos realizados até o momento, faz exigências sobre a demanda territorial e foram respostas à falta de vontade do Estado do Chile de debater com os mapuche sua autonomia territorial e seus direitos políticos.

36 pessoas já foram processadas no Chile pela Lei Antiterrorista devido os conflitos pelas demandas por terras. Grande parte está presa por atos de violência durante os protestos por suas terras ancestrais. Outra parte dos presos foi libertada sem qualquer explicação, julgamento ou indenização.

As comunidades indígenas também estão se movimentando por seus presos políticos. No próximo dia 2, familiares dos presos de Concepción realizarão uma marcha no centro da localidade para solicitar que as autoridades se manifestem e façam algo pelos presos. Em Valdivia, as manifestações também terão início em agosto e deverão "subir pouco a pouco o tom" caso o governo não os escute.

Mais de 105 indígenas mapuche estão presos, condenados ou foram processados no Chile em virtude dos conflitos pela demanda territorial. Segundo o relatório da Comissão de Ética contra a Tortura, de dois de julho, o número dobrou em quase um ano, já que havia anteriormente 59 pessoas enquadradas nestas situações.

Com informações de Mapuexpress por Natasha Pitt,  Jornalista da Adital

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pesquisas, golpes e trincheiras...

Como já foi dito aqui, uma das funções das pesquisas Datafolha e Ibope, na minha opinião, é evitar a sangria dos investimentos na campanha de José Serra, bem como a debandada geral do seu barco furado.
Mas pode haver outra função. Que só de considerar hipoteticamente, sinto calafrios. Pode ser uma orquestração de distorções que deixa uma “porta aberta” para a possibilidade golpista adentrar na eleição. Pois, mantendo-se a ficção do empate técnico, os dois institutos legitimariam uma vitória de Serra – fraudada eletronicamente – dando-lhe 50% mais alguns dos votos válidos num eventual segundo turno. “Incontestável”, diriam os demotucanos e sua mídia – “os institutos mais ‘confiáveis’ já vinham fazendo essa projeção há muito tempo”, “Vox Populi e Sensus são claramente à favor do PT” etc. Como questionar um resultado se não existe a possibilidade de “recontagem” dos votos nem contraprova de papel em urna convencional?
Num mundo onde a informática evolui na velocidade da luz; onde controles remotos, conexões sem fio e outras “magicas virtuais” são realidade até em brinquedos; onde hackers e programas antivírus são faces da mesma moeda na indústria da proteção aos computadores pessoais; e onde os computadores, por mais protegidos que pareçam estar, sempre oferecem brechas para a invasão de vírus – não é exagero supor que pode-se invadir urnas eletrônicas com programas maliciosos que se instalam, fazem o “serviço” e desaparecem sem deixar rastros…
Mas, deixando a paranóia de lado – confiando na representação do Movimento dos Sem Mídia junto à Justiça Eleitoral e Polícia Federal e contando com a comunidade internacional de olho no processo eleitoral brasileiro – as novas pesquisas devem consolidar a vantagem de Dilma Rousseff, como já adiantou o Vox Populi que o Sensus confirmará. E, pelo andar da carruagem, Dilma chegará à reta final bastante confortável. (Que o digam as pesquisas internas dos partidos, que produzem crises nervosas em Serra e sorrisos de orelha a orelha em Lula…) Sua vantagem sobre Serra estará próxima da pontuação de Marina Silva. Não terá motivo algum para descer ao nível rasteiro e ardiloso de seu adversário que virá aos debates cão raivoso, armado até os dentes depois do fracasso de baboseiras como “Um estado cada vez melhor” e “Trabalhando por você”,  veiculadas maciçamente na TV – e que só colam no mesmo rebanho paulista, lobotomizado há mais de uma geração pela presença invulnerável do PSDB em seu governo.
A essa altura, restando pouco mais de dois meses, o objetivo do PSDB e seu lodoso aliado, passou a ser, acima de tudo, garantir a sobrevida de um segundo turno. Tempo para que um “milagre” aconteça ou que seja “criado”. Por esta razão, a dupla Zé Pedágio & Indiozinho – refugo máximo da direita retrógrada nas “paradas eletivas” – e seus parceiros jornaleiros de câmeras em punho, insistem em chamar Dilma e o PT para o lamaçal de sua arena onde sentem-se “em casa” para a brigar e rolar a vontade. Fundamental para sua sobrevivência será manterem o bate-boca e a polêmica nos noticiários. Seja como vilões ou heróis. Tanto faz.
Dilma e o PT continuarão sendo acusados de terem ligações e serem produtores ou reféns de uma lista clássica de ícones do mal. Acusações requentadas nas mesmas panelas de 2002 e 2006. Os ataques serão precisos, sincronizados às manchetes do dia seguinte e aos produtores de factóides que se empenharão em sustentar as matérias nos destaques da mídia semanalmente.
Diante de tudo isso, resta a todos que simpatizam com o projeto de continuidade e aprofundamento da democracia social conquistada no governo Lula, construírem trincheiras respondendo às calúnias e baixarias veiculadas pelo PIG. Mais do que na Internet – onde diversas ferramentas permitem enfrentar agressões e agressores – as ações devem transpor o espaço virtual para alcançar o dia-a-dia, no ambiente familiar, nos relacionamentos sociais e no trabalho.
É preciso proteger e vitaminar o maior de todos os bens que possuímos atualmente: o estado de direito democrático. Pois, em recentes comentários aparentemente despretenciosos, alguns juízes chegaram a sugerir a possibilidade jurídica de impugnar a candidatura Dilma Rousseff. Isso pode ter sido apenas um balão de ensaio para “sentir” a receptividade da platéia. Não fossem a estupenda avaliação positiva de Lula, seu prestígio internacional e o sólido crescimento de sua candidata, o golpe do tapetão teria chances de ir adiante…
Além do futuro do Brasil, as eleições deste ano representam o futuro do continente. A América do Sul ainda trata das feridas causadas pelas ditaduras sangrentas que vitimaram seus povos no passado recente. E a vitória de Dilma fortalecerá suas democracias frente à sombra ameaçadora da mesma direita que apoiou os vários golpes militares no continente, como expôs, pleno de razão.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Carta de Ricardo Berzoini sobre o Dossiê da Folha

Aos companheiros do PT e leitores em geral.

A edição deste domingo da Folha de S.Paulo tem em sua principal manchete a acusação: Petistas fazem dossiê contra ministro do PT. A leitura da matéria esclarece: seriam petistas com origem no sindicalismo bancário. Fontes em off apontam: os suspeitos são o sr. Alencar Ferreira e o sr. José Luiz Salinas, ligados ao ex-presidente do PT Ricardo Berzoini, ocupantes de altos cargos nas empresas do BB. Fontes atribuem o tal dossiê, que a leitura da matéria revela tratar-se de uma carta apócrifa, à disputa pela direção da PREVI. E dão como consequencia do episódio o suposto enfraquecimento dos `bancários` na direção da campanha presidencial. E insinuam que eu teria estimulado a confecção ou distribuição da referida carta.

Esclareço:

1 - O ministro Mantega sempre teve meu apreço e reconhecimento pela brilhante atuação à frente da política econômica do nosso país, que permitiu o enfrentamento da crise econômica mundial e uma estratégia de crescimento sustentável para o Brasil. Um ataque covarde e anônimo ao ministro só pode interessar aos que não tem compromisso com nosso governo.

2 - Conheço os ´suspeitos´ há tempo suficiente para não acreditar que pudessem recorrer ao mais covarde dos instrumentos para atingir supostos objetivos políticos. Tratam-se de profissionais concursados do BB, que exercem altas funções no banco há bastante tempo, sempre elogiados por suas atuações.

3 - Acredito que o anonimato é o último refúgio da covardia, tanto em cartas como nos offs jornalísticos. É grotesca a tentativa de atribuir a mim estímulo ou conivência com uma iniciativa dessas. Os que usam o off para fazer ilações anônimas incorrem na mesma falta de ética que os escritores de cartas apócrifas.

4 - Que eu saiba, não houve nenhum pleito dos bancários petistas em relação à campanha presidencial. Eu, desde que deixei a presidência do PT, em fevereiro deste ano, informei ao novo presidente do partido, companheiro José Eduardo Dutra e à nossa candidata Dilma Roussef, que gostaria de dedicar o ano de 2010 ao meu mandato, prejudicado por mais de quatro anos de dedicação integral à direção nacional do PT, à minha campanha e ao convívio familiar, tão afetado pelas demandas partidárias. Estou atuando na campanha como militante no estado de São Paulo, defendendo nosso projeto e nossa candidata, com muita alegria. Quando tenho qualquer opinião relevante sobre a campanha, encaminho ao meu presidente, companheiro Dutra.

5 - Recentemente, em conversa com o ministro Mantega, sobre outros assuntos de interesse da política econômica, comentei sobre a tal carta apócrifa, que havia sido tema de uma coluna do jornalista Cristiano Romero, do Valor Econômico. Sugeri ao ministro que determinasse ao BB a abertura de sindicância interna para apurar a eventual participação de funcionários do banco em sua elaboração. Disse a ele que, assegurado o direito de defesa, se constatada a participação de algum funcionário, este deveria ser excluído dos quadros da instituição, na forma dos normativos internos. Afinal, o uso do anonimato para atacar um ministro de estado e um vice-presidente do banco é uma deslealdade à corporação e ao país, pois o banco tem uma competente auditoria para apurar denuncias firmadas por seus funcionários.