domingo, 31 de outubro de 2010

DILMA LÁ!

Auditoria mostra que tucanos desviaram R$ 400 milhões do SUS

O dinheiro deveria ter sido usado para garantir remédios de graça para 40 milhões de cidadãos do estado de São Paulo, mas desapareceu na contabilidade dos governos do PSDB nos últimos 10 anos. Por recomendação dos auditores, com base na lei, o governo paulista terá que explicar onde foram parar essas verbas do SUS e, em seguida, ressarcir a União pelo prejuízo. Quando assumir, pela terceira vez, o governo de São Paulo em 1º de janeiro de 2011, o tucano Geraldo Alckmin terá que prestar contas desse sumiço. O artigo é de Leandro Fortes, da Carta Capital.

Clique aqui e leia o artigo completo direto do Portal Carta Maior

sábado, 30 de outubro de 2010

A GENTE VOTA DILMA


A gente vota Dilma from a gente vota dilma on Vimeo.


Este é um video de Carolina Mazzi (produção), Eric Knut (fotografia da externa), Helena Moreira (produção), Janaína Castro Alves (maquiagem e atuação), Pedro Acosta (direção, produção e roteiro), Pedro Capello (roteiro) Philippe Baptiste (som) Talita Arruda (produção). Com Eduardo Barrucho (atuação), Leo Avila (fotografia da interna), Tamara Mattos (edição), Ticiano Diógenes (locução). Agradecimentos a Diogo Cunha, Érica Sarmet, Jane Acosta, Mariah Queiroz, Mariana Medeiros, Maurício Lissovsky, Mira Barros, Susana Amaral e a todos os que sopraram balões vermelhos na Praia de Copacabana pra gente. Este vídeo contém trechos de Vanguart "Cosmonauta", em acordo com o Art. 46 da Lei 9610, não representando necessariamente a opinião da artista.


Se você não participou deste vídeo, é a chance de fazer o seu! E dia 31 é 13.

Campanha suja em Guarapuava

A Polícia Federal apreendeu nesta manhã panfletos contra Dilma Rousseff no supermercado Super Dal Pozzo inúmeros panfletos que trariam capas da Revista Veja com denúncias contra a candidata do PT.
Após várias ligações de clientes do supermercado à sede do PT Guarapuava, a Polícia Federal foi acionada e apreendeu o material, que apesar de ter caráter apócrifo, estava sendo distribuído por pessoas conratadas para fazer a divulgação da campanha de José Serra em Guarapuava.
Os responsáveis foram detidos e encaminhados à Delegacia da Polícia Federal em Guarapuava.

ESCLARECENDO SOBRE RECURSOS PARA GUARAPUAVA

Consultamos na última semana o Portal da Transparência do Governo Federal (e esse sim funciona) e verificamos mais uma das liberações feitas para Guarapuava. Veja:

"Os convênios do município de  GUARAPUAVA/PR que receberam seu último repasse no período de  19/10/2010 a 25/10/2010 estão relacionados abaixo:

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Número Convênio: 631284   
Objeto: PAVIMENTACAO   
Órgão Superior: MINISTERIO DAS CIDADES   
Convenente: GUARAPUAVA PREFEITURA MUNICIPAL   
Valor Total: R$1.482.100,00   
Data da Última Liberação: 22/10/2010   
Valor da Última Liberação: R$100.000,00   
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Número Convênio: 641925   
Objeto: OBRAS DE RECAPE E PAVIMENTACAO   
Órgão Superior: MINISTERIO DAS CIDADES   
Convenente: GUARAPUAVA PREFEITURA MUNICIPAL   
Valor Total: R$493.100,00   
Data da Última Liberação: 22/10/2010   
Valor da Última Liberação: R$48.570,36   
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Consulte periodicamente o Portal da Transparência (www.portaldatransparencia.gov.br) para acompanhar outros repasses de recursos federais a seu município."

Fonte: www.portaldatransparencia.gov.br

O Papa e a política

por Dom Luiz Carlos Eccel

Já havia lido o discurso do Papa Bento XVI, aos Bispos do Maranhão, em visita ad limina apostolorum. Muito interessante o discurso do Papa. Ele não pode deixar de cumprir sua missão de Pastor Universal, exortando o Povo de Deus, especialmente no que diz respeito à defesa da VIDA.

O Santo Padre foi muito oportuno e feliz nas suas colocações, porque o Estado Brasileiro é laico, mas seu povo é religioso, e isto precisa ser respeitado. Quando digo que o povo é religioso é porque está disposto a fazer a Vontade de Deus e não somente dizer: Senhor, Senhor..., como às vezes se pretende, de maneira especial dentro da própria Igreja. Existem facções sociais, políticas e religiosas especializadas em fazer lavagem cerebral, deixando as pessoas sem convicções, mas com obsessões, e com a consciência invencivelmente errônea. Ficam semelhantes aos grãos de pipoca que levados ao fogo não estouram, e com mais fogo, mais duros ficam. Tornam-se donas da “verdade”. Estão até manipulando o texto do Papa, para justificar a sede do poder. (cf. http://www.releituras.com/rubemalves_pipoca.asp)

É a Vontade de Deus que nos salva e não a nossa, e sobre isto precisamos sempre nos exortar mutuamente, como diz o Apóstolo São Paulo. Portanto, que nossa fé seja sempre vivificada pela mútua exortação. Pode ocorrer de nos esquecermos que somos todos peregrinos caminhando para a Casa do Pai, e quando lá chegarmos, poderemos ouvir de Jesus o seguinte: “Afastai-vos de mim, vos que praticastes a injustiça, a maldade” (Lc13,27). Creio que ninguém vai querer ouvir isto naquela hora. Seu passaporte está em dia?  Pode ter certeza de que a eternidade existe... Assim, busquemos alimentar nossa fé, sem esquecer, como diz o Papa, que ela deve implicar na política. A fé sem obras é morta, diz a Escritura Sagrada. E uma das obras que deve provir da fé, é o nosso voto consciente em pessoas que vão governar para o bem comum, respeitando a vida em todas as suas etapas e dimensões.

No mesmo dia em que li o discurso do Papa, assistindo ao telejornal, à noite, escutei o pronunciamento da candidata e do candidato à presidência do Brasil a respeito do discurso do Papa. Ambos concordaram com as Palavras do Papa, dizendo que é missão dele exortar para uma vida coerente com os valores da fé e da moral, e que as palavras do Papa valem para todas as pessoas de fé, no mundo inteiro.

O Papa falou, também, que o voto deve estar a serviço da construção de uma sociedade justa e fraterna, defensora vida.

Como Bispo da Igreja Católica, e como cidadão brasileiro, fico feliz por saber que nosso Presidente tem defendido a vida, e sempre se pronunciou contra o aborto. Nesses últimos anos o Brasil tem crescido e melhorado em todos os aspectos, de maneira especial no respeito à vida e a valorização da dignidade humana. Esta é a Vontade de Deus! E as pessoas, em plena posse de suas faculdades mentais, vão reconhecer esta verdade.

Nosso país está em pleno desenvolvimento e assim queremos continuar e, depois de 500 anos, nosso povo quer eleger, pela primeira vez, uma mulher que tem compromisso com a vida e provou isso com sua própria vida. Como? Ela não fugiu para o exterior durante a ditadura, mas a enfrentou com garra e, por isso, foi presa e torturada. Ela queria um país livre, e que todas as pessoas pudessem viver sem medo de serem felizes, vencendo a mentira e o ódio com a verdade e o amor, servindo aos ideais de liberdade e justiça, com sua própria vida. Disse Jesus: “Ninguém tem maior amor do aquele que dá a própria vida pelos irmãos” (Jo 15,13).

Obrigado Santo Padre por suas sábias palavras! A Dilma é a resposta para as nossas inquietações a respeito da vida. Quem sofreu nos porões da ditadura, não mata. Mas teve gente que matou a vida no seu ventre para fugir da ditadura, e portanto não deveria se comportar como os  fariseus, que jogam pedras, sabendo-se pecadores. E Jesus disse: “Quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la, e quem entregar sua vida por causa de mim, vai salvá-la”(Mt 10,39)

Vamos fazer o nosso Brasil avançar ainda mais, com Dilma, que já provou ser coerente, competente e comprometida com a VIDA. O dragão devastador não pode voltar ao poder.
Deus abençoe os leitores e eleitores, governos e governados. Saúde e paz a todos (as)!

Tudo o que você me desejar, eu lhe desejo cem vezes mais. Obrigado.

Caçador, 28 de outubro de 2010


Dom Luiz Carlos Eccel
Bispo Diocesano de Caçador

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Serra tumultua missa no Ceará, é vaiado e repreendido

Cristãos começam a reagir ao oportunismo religioso de José Serra. A presença do candidato na missa da festa de São Francisco, em Canindé (CE), no último sábado, pode ter sido um ponto de inflexão. A festa é o grande evento religioso da cidade, onde acontece a maior romaria da América Latina, em homenagem a São Francisco.
José Serra e Tasso Jereissati na missa no Ceará onde passaram por constrangimentos
O infortúnio de Serra começou já ao chegar no local quando foi vaiado do lado de fora por manifestantes pró-Dilma. Na saída, o candidato chegou a ser empurrado em novo conflito e quase caiu.
– Gostaria que a missa não fosse tumultuada com os políticos que aqui chegaram, por favor. Se vieram com outra intenção, peço que saiam assim como entraram. Isso é uma profanação –, advertiu o celebrante, padre Francisco Gonçalves, olhando fixamente para a fileira da frente onde se encontravam Serra, Tasso Jereissati e outros tucanos.
Perto do fim da missa, o frade exibiu um panfleto contra Dilma e foi mais duro ainda, deixando a comitiva tucana atônita:
– Acusam a candidata do PT em nome da igreja. Não é verdade. A plateia aplaudiu. Não está autorizada essa coisa. A igreja não está autorizando essas coisas.
Tucanos ameaçam padre
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que acompanhou a missa ao lado de José Serra, se exaltou e afirmou que era um “padre petista” como aquele que estava “causando problemas à Igreja”.
Alguns partidários do tucano também se exaltaram e o padre teve que sair escoltado por seguranças.
Difamação
O panfleto não assinado que circulou na igreja falava em três “grandes motivos para não votar em Dilma”. O texto acusa a candidata de ter se envolvido com as Farc, de ser favorável ao aborto e de envolvimento em casos de corrupção na Casa Civil.
Além deste panfleto apócrifo, 2 milhões e 100 mil outros panfletos contra Dilma Rousseff, com assinatura falsa da CNBB, estavam sendo rodados em uma gráfica em SP, descoberta pelo PT. Os responsáveis pela Pana Editora e Gráfica afirmam que o material foi encomendado pelo bispo Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, da diocese de Guarulhos-SP.

Matéria publicada no site do Correio do Brasil


CONFIRA OS AUDIOS:

sábado, 23 de outubro de 2010

Militantes verdes franceses lançam manifesto de apoio a Dilma

No quadro das atuais circunstâncias do Brasil, a ancoragem na esquerda é a única possibilidade real de fazer avançar a causa ecológica
« É impossível acreditar que a esperança suscitada pelos dois mandatos presidenciais de Lula acabe terminando no segundo turno com a eleição do candidato da direita »
A candidatura de Marina Silva trouxe para o eleitorado de Dilma, a pupila de Lula, a grande surpresa do primeiro turno. É preciso saudar a novidade que representa a candidatura de Marina Silva que já lutava, desde o período de sete anos em que foi ministra do governo Lula, para fazer entrar verdadeiramente as questões ecológicas na pauta de preocupações do governo brasileiro de esquerda. Com sua presença no escrutínio, a diversidade de lutas sociais, de todas as minorias (sexuais, religiosas) encontrou uma voz.

O placar de 19% do total de votos para uma candidata independente, sem apoio de partidos poderosos, representa a segunda grande surpresa. Ele prova que o Brasil se transforma muito mais profundamente do que apenas no plano do crescimento econômico. Para a democracia e a cultura, este já é um passo considerável.
Na América Latina, da Colômbia ao Chile, e agora também no Brasil, para além dos diferentes contextos, as questões ecológicas entram definitivamente na pauta das eleições presidenciais, o que não é mais o caso na Europa. O Brasil é a sétima potência mundial. Nenhum europeu em sã consciência pode se desinteressar pelo que está em jogo para os destinos ecológicos e sociais do planeta.
Esta é a razão pela qual desejamos, através deste manifesto, expressar nossa inquietação. A batalha do segundo turno se anuncia bastante cerrada e, algo impensável até ontem, uma vitória da direita não está mais excluída. Na configuração de hoje, o partido verde está longe de ter a dimensão popular de Marina Silva. Algumas personalidades como Gilberto Gil, ele mesmo afiliado a este partido, conclamam a que se vote em Dilma sem ambiguidade. E nós compartilhamos desta posição. Prestemos bastante atenção ao seguinte: José Serra não é um social democrata de centro. Por trás dele, a direita brasileira vem mobilizando tudo o que há de pior em nossas sociedades: preconceitos sexistas, machistas e homofóbicos, junto com interesses econômicos os mais escusos e míopes. A direita sai do porão.
  • Contra as mulheres, as facções mais reacionárias das igrejas cristãs – incluindo aquela da mulher do candidato da direita que declarou publicamente que Dilma quer assassinar criancinhas – acusam a candidata de ser favorável ao aborto, mesmo que esta questão não faça parte de seu programa de governo, tampouco do programa do Partido dos Trabalhadores.
  • Contra os homossexuais: o vice de Serra sustenta um discurso abertamente sexista e homofóbico.
  • Contra os pobres: acusados de votar na esquerda por ignorância.
A esta panóplia, bem conhecida em toda parte, vem se juntar uma criminilização particularmente ignóbil por parte da direita das lutas de resistência contra a ditadura. Dilma tem sido alvo de campanhas anônimas na internet que acusam de terrorismo e de bandidagem por ter participado na luta contra o regime militar, ela que foi por este motivo presa e barbaramente torturada.
A mobilização da direita está completamente ligada aos interesses do agro-negócio, um vínculo sobre o qual o governo Lula tem sido ambíguo em alguns momentos. No entanto, uma vitória da direita representaria o triunfo do complexo agro-industrial e dos céticos em matéria de aquecimento global. Seria uma guinada à direita em direção à revisão do estatuto da floresta que começou a limitar a devastação na Amazônia e no Mato Grosso, e no asseguramento dos direitos indígenas sobre suas reservas, que no ano passado obtiveram uma importante vitória (Raposa Serra do Sol) referendada pela Corte Suprema do país, que reconheceu esses direitos. Vinte e duas reservas indígenas podem seguir este caminho de enfrentamento com o agro negócio da soja e do arroz transgênico.
Não permitamos que o voto libertário em Marina Silva paradoxalmente se transforme em uma catástrofe para as mulheres, para os direitos humanos e para os direitos da natureza!
No plano internacional, os aspectos mais inovadores da política Sul-Sul de Lula (certamente pelo fato de seu apoio a Ahamdinejad), seriam condenados ao ostracismo com um realinhamento com os Estados Unidos. Além de representar uma alternativa à fixação estéril em uma política de confronto entre Estados Unidos e China, esta política Sul-Sul se opõe às estratégias dos países do Norte de multiplicar as medidas de defesa dos direitos da propriedade intelectual em detrimento do acesso aos saberes, à internet (especialmente no âmbito da ACTA ).
Marina Silva recusou-se a manifestar apoio ao voto em Dilma. Pode-se compreender que seja um pouco difícil para ela se alinhar imediatamente com Dilma, com quem ela entrou em conflito enquanto no governo, e neste momento ela luta para evitar o alinhamento do partido verde com a direita, apesar da campanha virulenta contra ela por parte do PT.
Com efeito, os ecologistas estão travando, não só na Europa, como em vários países do mundo, um sério debate com os socialistas sobre a questão nuclear, sobre a OMC e o produtivismo agrícola e industrial, bem como o problema do aquecimento climático. No Brasil, agrega-se a todas essas questões uma dimensão – amplificada por sua urgência crucial – da luta contra as desigualdades. Pode-se compreender, portanto, a reserva de alguns ambientalistas em se alinharem com a candidata da esquerda.
Mas nossa experiência como força política e de oposição e governo na Europa nos permite afirmar a nossos companheiros brasileiros que, nas atuais circunstâncias do Brasil, a ancoragem na esquerda é a única possibilidade real de fazer avançar a causa ecológica: já vimos no que se tornou a « Grenelle » – Ministério do Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Energia e Transportes – na França com a direita.
Quanto às mulheres, às minorias étnicas, religiosas, sexuais, elas sabem aonde têm que se bater. A xenofobia, o racismo, a mobilização reacionária da religião são os perigosos instrumentos que a direita populista utiliza alegremente na Europa.
É impossível acreditar que a esperança suscitada pelos dois mandatos presidenciais de Lula acabe terminando no segundo turno com a eleição do candidato da direita.

Dany Cohn Bendit (Alemanha) co-président du groupe parlementaire desdéputés Verts au Parlement Européen
Monica Frassoni  (Itália) co-présidente du Parti des Verts Européens
Philippe Lamberts (Bélgica) co-président du Parti des Verts Européens
Dominique Voynet (França)  Senadora, Prefeita da Cidade de Montreuil , ex-
Ministra do Meio Ambiente (gov. Jospin)
Yves Cochet – ( França) Deputado Nacional,  ex-MInistro do Meio Ambiente
(Gov. Jospin)
Noël Mamère (França) – Deputado Nacional e Prefeito de Bègles (Bordeaux)
José Bové  (França) – Deputado europeu
Alain Lipietz  (França) – dirigente dos Verdes, ex-deputado europeu
Jérôme Gleizes (França) – Dirigente da comissão internacional dos Verdes
Yann Moulier Boutang (França) Co-diretor da Revista Multitudes (Paris)

Paris 18 de outubro de 2010

Fonte: http://www.blogdaglobal.org/?p=677

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

OS MARINEIROS DO 1° TRUNO AGORA ESTÃO COM DILMA

MARINEIROS COM DILMA
 
Estivemos com Marina Silva no primeiro turno, porque buscamos uma alternativa política para o Brasil capaz de afirmar uma conduta pública marcada pela ética na política, em favor de uma política econômica que supere definitivamente a miséria e a concentração de renda e que redirecione o próprio modelo social com base na sustentabilidade. Nos orgulhamos de uma campanha que ofereceu uma contribuição efetiva ao País e que, mesmo com um tempo mínimo de propaganda eleitoral no rádio e na TV, conseguiu enfrentar as máquinas eleitorais montadas com o apoio do Estado, dos partidos tradicionais e do grande capital.
A votação recebida por Marina Silva expressa, basicamente, um claro sinal de que parcelas expressivas da população não toleram mais o jogo de cena, as alianças sem programa, os acordos que visam apenas a repartição do poder, a corrupção endêmica que abala as instituições, o oportunismo eleitoral e a demagogia que amesquinham a própria política. Os quase 20 milhões de votos que alcançamos sinalizam, ainda, que o Brasil precisa de uma agenda socioambiental séria e que este tema, antes circunscrito a pequenos grupos de ativistas ambientais e à intelectualidade, já possui apelo popular entre nós.

Por conta de tudo aquilo que a candidatura de Marina Silva representou, vivemos a generosa experiência da militância de centenas de milhares de apoiadores em uma campanha que nos ofereceu de volta o espaço da paixão pelas ideias, ao invés da promessa de cargos ou de qualquer expectativa de benefício pessoal. Talvez por conta disso, enfrentamos o sectarismo de muitos que se julgam o “sal da terra” e mesmo Marina – que jamais agrediu ou desrespeitou seus adversários – foi tratada primeiro com desprezo, depois com a costumeira intolerância que acompanha a trajetória da antiga esquerda como uma sombra.

No próximo dia 31, entretanto, esta antiga esquerda se defronta nas urnas com a direita de sempre. Melhor seria para o Brasil que ambas as posições tivessem avançado em seus pressupostos e firmado compromissos mais nítidos em torno de programas de governo. Como se sabe, este não foi o resultado do processo eleitoral. Pelo contrário, somos testemunhas de uma radicalização da disputa, marcada por acusações, boatos e calúnias. A candidatura de José Serra, neste particular, tem se mostrado insuperável e é repugnante que tenha transformado o preconceito em seu principal aliado.
Ao mesmo tempo, é preciso afirmar um caminho que aponte para um futuro de mais inclusão social e de maior sensibilidade com a realidade dos milhões de brasileiros que seguem à margem da própria cidadania. Entendemos que um eventual governo da coligação PSDB-DEM afastaria o Brasil destes grandes desafios, privilegiando os compromissos do “Estado Mínimo” e o discurso repressivo do tipo “Lei e Ordem”. Por isso, a opção representada por Dilma nos parece a mais adequada para impedir um retrocesso histórico cuja conta será paga pelos mais pobres. No mais, a resposta oferecida por Dilma ao documento enviado por Marina às duas candidaturas que disputam o segundo turno foi a que mais se aproximou das nossas propostas, o que nutre expectativas de que Dilma poderá incorporar em seu governo vários dos compromissos da agenda socioambiental que defendemos. Com base nesta avaliação, conclamamos todos os que apoiaram Marina a uma participação ativa nesta reta final da campanha em favor da candidata Dilma Rousseff.
 
Veja quem assinou o manifesto
Luciano Zica, Ex-Deputado Federal por São Paulo
Marcos Rolim, Ex-Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul
Pedro Ivo Batista, Coordenador da Rede Brasileira de Ecossocialistas
Paulo Lima (Polô), Socioambientalista, Fortaleza, Ceará
Rubens Gomes (Rubão), Músico, Sociambientalista, Manaus, AM
Renata Florentino, Socióloga - Campinas/SP
Thiago Alexandre Moraes, socioambientalista e militante de juventude, São Paulo
Juarez de Paula, Sociólogo, Consultor especialista em Desenvolvimento Local, Brasília,DF
Guto Gomes, Membro do Fórum de ONGs Ambientalistas do Distrito Federal
André Lima, Advogado e Colaborador da Frente Parlamentar Ambientalista, Brasília, DF
Muriel Saragoussi, Militante das causas socioambientais
Renato Ferreira, Advogado e Ecologista, Porto Alegre, RS
Gilberto Santana, Sindicalista, Salvador, Ba
Jaqueline Oliveira Silva, Professora da URGS, Porto Alegre, RS
Erlando Alves da Silva Melo, Servidor Público Federal, Brasília, DF
Otto Ramos, Prof. História, Contagem-MG
Henyo Trindade Barreto Filho, Sociambientalista, Brasília, DF
Luís Fernando Merico, Socioambientalista, Santa Catarina
Adolpho Fuica, Ambientalista, Brasília, DF
Solange Ikeda, professora universitária, Mato Grosso
Álvaro Suassuarana da Silva - Manaus/AM
Guilherme Gomez Meldau - Cuiabá/MT
Lucas Brandão, Mestrando em Sociologia pela USP. Ex-coordenador da APG (Associação dos Pós-Graduandos da USP - gestão 2009)
Amanda Lemos, Estudante de jornalismo pela PUC-SP
Mauro Soares Pereira, Grupo de Apoio ao Meio Ambiente / Alto Paraíso de Goiás.
Marcelo Aiub de Mello, Eng. Florestal - Presidente da OSCIP Instituto Vivá Amazônia/PA
Jorge Moreira Filho, Eng. Agrônomo - Vice-Presidente da OSCIP Instituto Vivá Amazônia/PA
Rose Daise Melo Nascimento, Pisicóloga - Prefeitura Municipal de Barcarena/PA
Tobias Brancher, Eng. Florestal - Diretor da Florestas Engenharia
Marcelo Martins, Eng.Civil - Conselheiro Fiscal do Instituto Vivá Amazônia/PA
Francisca Eleni, Engª Florestal - Programa Pará Rural/PA
Alex Moura Feio, Técnico em Geomática/IEFT/PA
Everardo de Aguiar Lopes, Ex-membro do Diretório Nacional do PT
Fidelis Paixão, advogado ambientalista membro do Forum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais
Jefferson Sooma - Ativista Cultural
Tânia Maria de Oliveira, Advogada e Servidora Pública Federal, Brasília, DF
Henrique Resende Sabino
Bárbara Batista, Publicitária e militante da Rede Ecossocialista
Leo Cabral, Socioambientalista e Ativista Cultural
João Francisco, Mestre em Ciência Política e Fundador do Movimento Extramuros, Brasília, DF
Pedro Piccolo Contesini, Estudante de Sociologia da Universidade de Brasília
João Suender Moreira – Biólogo, Mestre em Genética e Biotecnologia - Especialista em Saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
Bira Dias, Fotógrafo, Santa Catarina
Ana Valéria Holanda da Nóbrega, Turismóloga, Historiadora e Ambientalisata, Fortaleza, Ceará
Hathos Garcia Dias, Minas Gerais
Felipe Vaz, Ambientalista
Marinês Carneiro de Almeida, Servidora Pública Federal, Mato Grosso
Angelo José Rodrigues Lima, Biólogo, Mato Grosso
Rafael Peixoto, Bancário, Brasília, DF
Larissa Barros, socióloga, consultora especialista em tecnologias sociais, Brasília, DF
Neusa Helena Rocha Barbosa, Educadora Ambiental e sociambientalista, Brasília, DF
Roberto Lennox, Sociambientalista, Brasília-DF
Marines Carneiro de Almeida, Servidora Pública Federal
Marcela Monteiro, Sociambientalista, Goiânia, GO
Valmiro Batista do Nascimento, Ambientalista, Goiânia, GO
Jackson Bispo, Goiás, GO
Gilberto Lopes Farias, Sociambientalista, Aparecida de Goiânia, GO
Edilson Pereira Lima, Ativista Cultural, Brasília, DF
Maria Eugênia, Ativista Cultural, Brasília, DF
Tatiana Moraes, Gestora Ambiental, Brasília, DF
Priscila Rose, Administradora e Sociambientalista, Brasília, DF
Marina Minari, São Paulo, SP
Soraia Silva de Mello, São Paulo, SP
Villi F. Seilert Sustentat, Brasília/DF
Elizabeth Maldonado Roland
Uriban Xavier, Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC, Fortaleza, Ceará
Analise da Silva, Profa. Adjunta - FAE UFMG

Filha de Chico Mendes está com Dilma

domingo, 17 de outubro de 2010

Kátia Abreu usa cadastro da CNA para fazer campanha para Serra

Do Blog da Reforma Agrária

Diante da derrota iminente de José Serra (PSDB), a senadora Kátia Abreu (DEM) vem utilizando a estrutura da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para fazer campanha para o candidato tucano.

Katia Abreu, presidente da CNA, é coordenadora de finanças da campanha demo-tucana.

Claro que é um direito dela fazer campanha para os candidatos da sua preferência.

No entanto, a latifundiária usa o cadastro de endereços dos filiados da CNA para pedir a ajuda financeira dos produtores rurais à campanha de Serra (veja abaixo).

Nessa mala direta, ela manda até mesmo um boleto bancário, no valor de R$ 100,00.

Parece uma atitude normal. Sem importância. No entanto, não tem nada de republicano utilizar a estrutura de uma entidade de classe, que defende os interesses dos latifundiários, para fazer política partidária.

Será que teríamos mais um “escândalo” se fosse um entidade na campanha do PT?

A página da CNA diz o seguinte: “CNA atua na defesa dos interesses dos produtores rurais brasileiros junto ao Governo Federal, ao Congresso Nacional e aos tribunais superiores do poder Judiciário, nos quais dificilmente um produtor, sozinho, conseguiria obter respostas para as suas demandas”.

Será? Enquanto presidente da CNA, o que vale mais para Kátia Abreu: os interesses dos seus filiados ou a eleição de José Serra?

Será que ela inventou, por exemplo, a CPMI contra a Reforma Agrária simplesmente para atender interesses eleitorais?

É o que parece.

E não é novidade o procedimento de Katia Abreu de submeter a confederação a seus interesses pessoais..

Documentos internos da CNA apontam que a entidade bancou ilegalmente despesas da sua campanha ao Senado.

A confederação pagou R$ 650 mil à agência de publicidade da campanha de Kátia Abreu.

QUEM COMPARA VOTA DILMA

domingo, 10 de outubro de 2010

Por uma aliança de Marina e Dilma

Há dois projetos em ação: um é o neoliberal ainda vigente no mundo e no Brasil apesar da derrota de suas principais teses na crise de 2008. Esse nome visa dissimular aos olhos de todos, o caráter altamente depredador do processo de acumulação, concentrador de renda que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. José Serra representa esse ideário. O outro projeto é o da democracia social e popular do PT. Sua base social é o povo organizado e todos aqueles que pela vida afora se empenharam por um outro Brasil. Dilma Rousseff se propõe garantir e aprofundar a continuidade deste projeto. É aquí que entra a missão de Marina Silva com seus cerca de vinte milhões de votos. 
O artigo é de Leonardo Boff.
O Brasil está ainda em construção. Somos inteiros mas não acabados. Nas bases e nas discussões políticas sempre se suscita a questão: que Brasil finalmente queremos?

É então que surgem os vários projetos políticos elaborados a partir de forças sociais com seus interesses econômicos e ideológicos com os quais pretendem moldar o Brasil.

Agora, no segundo turno das eleições presidenciais, tais projetos repontam com clareza. É importante o cidadão consciente dar-se conta do que está em jogo para além das palavras e promessas e se colocar criticamente a questão: qual dos projetos atende melhor às urgências das maiorias que sempre foram as “humilhadas e ofendidas” e consideradas “zeros econômicos” pelo pouco que produzem e consomem.

Essas maiorias conseguiram se organizar, criar sua consciência própria, elaborar o seu projeto de Brasil e digamos, sinceramente, chegaram a fazer de alguém de seu meio, Presidente do pais, Luiz Inácio Lula da Silva. Foi uma virada de magnitude histórica.

Há dois projetos em ação: um é o neoliberal ainda vigente no mundo e no Brasil apesar da derrota de suas principais teses na crise econômico-financeira de 2008. Esse nome visa dissimular aos olhos de todos, o caráter altamente depredador do processo de acumulação, concentrador de renda que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. Para facilitar a dominação do capital mundializado, procura-se enfraquecer o Estado, flexibilizar as legislações e privatizar os setores rentáveis dos bens públicos.

O Brasil sob o governo de Fernando Henrique Cardoso embarcou alegremente neste barco a ponto de no final de seu mandato quase afundar o Brasil. Para dar certo, ele postulou uma população menor do que aquela existente. Cresceu a multidão dos excluídos. Os pequenos ensaios de inclusão foram apenas ensaios para disfarçar as contradições inocultáveis.


Os portadores deste projeto são aqueles partidos ou coligações, encabeçados pelo PSDB que sempre estiveram no poder com seus fartos benesses. Este projeto prolonga a lógica do colonialismo, do neo colonialismo e do globo colonialismo pois sempre se atém aos ditames dos países centrais.

José Serra, do PSDB, representa esse ideário. Por detrás dele está o agrobusiness, o latifúndio tecnicamente moderno e ideologicamente retrógrado, parte da burguesia financeira e industrial. É o núcleo central do velho Brasil das elites que precisamos vencer pois elas sempre procuram abortar a chance de um Brasil moderno com uma democracia inclusiva.

O outro projeto é o da democracia social e popular do PT. Sua base social é o povo organizado e todos aqueles que pela vida afora se empenharam por um outro Brasil. Este projeto se constrói de baixo para cima e de dentro para fora. Que forjar uma nação autônoma, capaz de democratizar a cidadania, mobilizar a sociedade e o Estado para erradicar, a curto prazo, a fome e a pobreza, garantir um desenvolvimento social includente que diminua as desigualdades. Esse projeto quer um Brasil aberto ao diálogo com todos, visa a integração continental e pratica uma política externa autônoma, fundada no ganha-ganha e não na truculência do mais forte.

Ora, o governo Lula deu corpo a este projeto. Produziu uma inclusão social de mais de 30 milhões e uma diminuição do fosso entre ricos e pobres nunca assistido em nossa história. Representou em termos políticos uma revolução social de cunho popular pois deu novo rumo ao nosso destino. Essa virada deve ser mantida pois faz bem a todos, principalmente às grandes maiorias, pois lhes devolveu a dignidade negada.

Dilma Rousseff se propõe garantir e aprofundar a continuidade deste projeto que deu certo. Muito foi feito, mas muito falta ainda por fazer, pois a chaga social dura já há séculos e sangra.

É aqui que entra a missão de Marina Silva com seus cerca de vinte milhões de votos. Ela mostrou que há uma faceta significativa do eleitorado que quer enriquecer o projeto da democracia social e popular. Esta precisa assumir estrategicamente a questão da natureza, impedir sua devastação pelas monoculturas, ensaiar uma nova benevolência para com a Mãe Terra. Marina em sua campanha lançou esse programa. Seguramente se inclinará para o lado de onde veio, o PT, que ajudou a construir e agora a enriquecer. Cabe ao PT escutar esta voz que vem das ruas e com humildade saber abrir-se ao ambiental proposto por Marina Silva.

Sonhamos com uma democracia social, popular e ecológica que reconcilie ser humano e natureza para garantir um futuro comum feliz para nós e para a humanidade que nos olha cheia de esperança.

(*) Leonardo Boff é teólogo
Fonte: Carta Maior Online - 07/10/10
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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

QUEM É MESMO A FAVOR DO ABORTO?





Padre Leo criticando Serra e FHC por permitir o aborto no Brasil PLS – PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 78 de 1993

Autor: SENADOR – Eva Blay (PSDB) Suplente de FHC

Ementa: DISCIPLINA A PRATICA DO ABORTO, ALTERA O DECRETO-LEI 2848, DE 07 DE DEZEMBRO DE 1940 – CODIGO PENAL – E DA OUTRAS PROVIDENCIAS.

Data de apresentação: 23/06/1993

Situação atual:

Local:

13/03/1995 – SUBSECRETARIA DE ATA – PLENÁRIO

Situação:

13/03/1995 – ARQUIVADA AO FINAL DA LEGISLATURA


Agora veja o que Dilma pensa sobre o aborto: