A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, esteve nesta terça-feira em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e depois seguiu para Montes Claros, no mesmo Estado. Hoje, ela voltou a afirmar que não entrará no embate de críticas e acusações contra o concorrente do PSDB ao cargo, José Serra. "Jamais imaginei que, diante da adversidade, o meu adversário recorresse a certas atitudes que eu considero que não honram uma campanha eleitoral num País como o Brasil", afirmou Dilma. A petista se refere às declarações de Indio da Costa, candidato a vice pela chapa de Serra, que afirmou que o PT é ligado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao narcotráfico. Em seguida, Serra reafirmou o laço entre PT e as Farc, mas não cravou a mesma declaração sobre o tráfico.
"Acho que o Brasil exige de nós qualidade nesse debate eleitoral. Exige apresentação de propostas, exige um debate de alto nível", continuou ela. "Da minha parte, eu quero dizer que não descerei a esse nível, e não haverá ninguém capaz de me fazer descer a esse nível", emendou a presidenciável. "Eu não concordo em continuar esse tipo de polêmica. Não são questões que o povo merece escutar, ouvir, discutir e ter os seus candidatos apresentando para eles", prosseguiu ela.
Dilma também respondeu que não iria "polemizar" a questão envolvendo a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau. O comando petista estuda se seria conveniente entrar com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público contra a procuradora. Para Dilma, Sandra Cureau deve ter dois pesos e duas medidas envolvendo os candidatos na disputa eleitoral. Na avaliação do PT, a procuradora teria sido mais rigorosa ao pedir investigações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estaria abusando do poder em campanha pró-Dilma, do que contra Serra.
Campanha
Dilma saiu para um rápido corpo-a-corpo, caminhando meio quarteirão, acompanhada do candidato ao governo mineiro, Hélio Costa (PMDB), do vice de Costa, Patrus Ananias (PT), e do candidato ao Senado Fernando Pimentel (PT). Em entrevista a emissoras locais, Dilma falou de assuntos regionais, como o motivo de não ter participado da inauguração de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no mês passado, ao lado de Lula. "A Justiça Eleitoral não permite", justificou ela.
Dilma disse que aposta no voto feminino, pois as mulheres querem educação de qualidade, acesso decente à saúde e proteção dos jovens contra violência, crime organizado e drogas. "Tenho certeza de que toda mulher quer isso", comentou a petista, encerrando com a promessa de continuar mantendo a estabilidade econômica, mas também com crescimento do País. "Com Lula, entramos numa nova era", defendeu.

Com iformações de Brás Henrique, Agencia Estado