segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulheres estão prontas para ocupar mais espaço de poder, afirmam petistas

No dia internacional da mulher não poderia faltar a minha homenagem às mulheres, mas não aquelas que aparecem nas revistas, nas colunas sociais, mas às mulheres guerreiras, donas-de-casa, trabalhadoras domésticas, do comércio, das ruas, as catadoras de papel, garis, enfim, todas as mulheres que têm dupla jornada de trabalho, que trabalham dentro e fora de suas casas. Essas sim deveriam sair nas colunas sociais, nos jornalões e nas homenagens feitas em sessões solenes nas câmaras municipais, estaduais e federais. Afinal de contas, o partido que ousou colocar o primeiro operário como presidente do Brasil ousará colocar a primeira mulher como presidente. Aqui vai o perfil de Dilma Roussef retirado do sitio das mulheres PT Paraná.

No momento em que o Congresso Nacional comemorou o Dia Internacional da Mulher é unânime a avaliação de que há muito está ultrapassada a idéia de sexo frágil.

Não há mais dúvida de que as mulheres têm competência e sensibilidade para comandar as mais complexas tarefas, como a Presidência da República, cargo para o qual já há sinalização de que poderá concorrer a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Na Câmara o deputado Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Casa, anunciou a criação de uma Procuradoria Parlamentar Feminina e a garantia da presença de uma mulher nas reuniões do Colégio de Líderes da Casa. A bancada feminina da Câmara é representada por 46 mulheres de diferentes partidos.

Para a deputada Cida Diogo (PT-RJ) o século 21 é o século das mulheres. "Nos próximos anos a presença da mulher na vida pública, nos postos de poder, vai se consolidar", disse. "Se avaliarmos as últimas décadas, vamos perceber o quanto avançamos no papel da mulher na sociedade. Tudo isso, graças às batalhas que enfrentamos para conquistar, por exemplo, o direito ao voto e o direito de ocupar cargos públicos".

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) espera ver aprovada a proposta de emenda à Constituição (PEC nº 590/06), que garante a representação proporcional de cada sexo na composição das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado e de cada comissão, assegurando, ao menos, uma vaga para cada sexo. Para Rosário as mulheres do parlamento, especialmente as de esquerda, carregam a importante missão de buscar avanços para todas as mulheres do País. "Quando o valor e a capacidade das mulheres são reconhecidos, toda a sociedade melhora, porque elas carregam consigo o sentimento de igualdade", afirmou.

Novo olhar

A deputada Iriny Lopes (PT-RS) também faz um balanço positivo das conquistas femininas e aposta que se for confirmada a candidatura da ministra Dilma, ela dará ao movimento feminino um novo olhar. "A Dilma abrirá uma nova etapa da luta das mulheres no Brasil". Iriny avalia que houve avanços significativos na participação da mulher na vida do País, no entanto, a petista adverte que ainda não foi alcançado igualdade plena entre homens e mulheres, em especial na política.

A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP) considera de "suma importância" a pré-candidatura da Dilma, principalmente pelo trabalho que ela executa no comando do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "É um novo olhar para o gerenciamento da nação. Grande parte das mulheres já são chefes de família, elas têm uma visão de prioridade para a família, destacou Janete. Durante o Fórum Social Mundial, que ocorreu em Belém do Pará no final de janeiro, a ministra Dilma Rousseff disse que ainda não é candidata, mas considerou que o Brasil está preparado para ter uma mulher à frente do comando do País. "O Brasil está preparado para ter uma mulher presidente, um presidente negro, um presidente índio. O Brasil é uma sociedade democrática", disse.

Desafios

De acordo com as parlamentares petistas, são muitas as conquistas mas a luta por paridade salarial, mais postos de chefia e assistência social às mulheres brasileiras, ainda é um grande desafio.

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