quarta-feira, 9 de maio de 2012

Dilma investe em redução de juros para estimular crescimento do País

A redução dos juros bancários no Brasil vai continuar acontecendo de forma progressiva. A afirmação é da presidenta Dilma Rousseff que, nos últimos dias, vem defendendo e adotando políticas para que o País tenha taxas compatíveis com sua posição no mundo. Primeiro, foi a redução das taxas de juros cobradas nas operações de crédito pelos bancos oficiais, que incentivou também a queda das taxas nos bancos privados. Em seguida, veio a redução do financiamento habitacional pela Caixa Econômica Federal. Na sequência, ocorreu a mudança da regra do rendimento das cadernetas de poupança para abrir caminho para que o Banco Central possa reduzir ainda mais a taxa básica de juros (Selic), que hoje está em 9 % ao ano.
“Não há razão para termos taxas de juros tão elevadas. O Banco Central tem reduzido a taxa básica de juros nos últimos meses, e essa queda tem que chegar ao consumidor, com a redução de taxas para empréstimos, cartões de crédito, cheque especial e crédito consignado”, afirmou Dilma Rousseff.
A presidenta argumentou que fica difícil o País justificar spreads bancários (diferença entre os juros pagos na captação de recursos e os juros cobrados nas operações de empréstimo) tão elevados com uma economia estável. “É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com taxas de juros tão altas”, criticou.
Na avaliação do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), presidente da Comissão e Constituição e Justiça, a presidenta Dilma acertou ao eleger a redução dos juros, tanto de bancos públicos como privados, como tema central, pois, embora técnico, esse é um tema essencialmente politico e mexe com o potencial de desenvolvimento do País. “Sem crédito de qualidade é difícil financiar o consumo de forma saudável”, argumentou.
Berzoini enfatizou que, por muitos anos os bancos concentraram riquezas cobrando “altas” taxas de juros e de tarifas de serviços. “Assim fica muito difícil distribuir renda. Os grandes bancos sempre foram o ralo da riqueza da população”, criticou.
Fiscalização – O deputado enfatizou ainda que a queda dos juros é uma luta em curso, que está apenas no começo. “Para que essa política dê o resultado esperado, o Estado precisa estabelecer mecanismos de fiscalização. É preciso um acompanhamento sistemático para que as instituições financeiras pratiquem, de fato, a redução real dos juros. Não podemos cair no conto do marketing que alguns bancos vão fazer”, alertou.
A política de redução de juros, na opinião do deputado Berzoini, não pode ser seletiva, direcionada a alguns clientes ou linhas de créditos. “As taxas menores de juros também não podem ficar condicionadas à contratação de pacotes de serviços como Previdência Complementar ou seguros”, argumentou.
O papel de vigilante, segundo Berzoini, cabe ao Palácio do Planalto, Ministério da Fazenda e Banco Central. “A Defesa do Consumir também deve estar atenta para denunciar as irregularidades e as enganações”, sugeriu.

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