sábado, 5 de dezembro de 2009

Audi, BP, EasyJet y Microsoft são eleitas as piores empresas de 2009

Do Portal Adital
 

Por exagerar supostas qualidades ecológicas, as multinacionais Audi, BP, EasyJet y Microsoft acabam de ganhar a terceira edição do prêmio As Piores Empresas de 2009, promovido pela organização Consumidores Internacional (CI). Segundo a entidade, as empresas fizeram "duvidosas afirmações ecológicas" acerca de suas emissões, numa tentativa de adequar-se à preocupação com as mudanças climáticas do planeta. A eleição se baseou exclusivamente na prática de "mascaramento ecológico", utilizado pelas empresas para "exagerar as qualidades ecológicas de seus produtos". Para a CI, as/os consumidores têm direito a uma "informação veraz e confiável" sobre o impacto ambiental dos produtos e serviços.
"O mascaramento ecológico corrói a confiança dos consumidores nas empresas e mina estilos de vida mais amistosos com o meio ambiente. Ele cria uma situação na qual todos perdemos", considerou a CI em comunicado. Para Luke Upchurch, da CI, o resultado mostra que algumas das maiores marcas mundiais caem no "mascaramento ecológico". "Estamos chamando a pôr fim a duvidosas afirmações ecológicas e a exageradas credenciais meioambientais para que os consumidores possam tomar decisões informadas e racionais de compra", disse. 
A empresa Audi ganhou o prêmio por dizer, em campanha publicitária, que seu carro diesel A "é limpo e que não causa danos ao meio ambiente", segundo a CI. A campanha "sugere que conduzir esse veículo é tão ecológico como montar uma bicicleta", criticou.
Já a multinacional EasyJet "alardeia continuamente" que seus aviões são mais ecológicos do que um carro híbrido. Além disso, a Microsoft foi "premiada" por "gabar-se" de que o programa Windows 7 é um produto ecológico "porque lhe agregaram alguns mecanismos para economizar energia". 
Por sua parte, a publicidade da BP apresenta a preocupação da empresa com as emissões contaminantes e fala de seu setor de "energia alternativa", "enquanto reduz sua inversão em energias renováveis e prorroga numerosos projetos relacionados com esse tipo de energia", aponta o organismo.
Além das quatro empresas, ainda ganhou um prêmio especial a indústria petroleira, respaldada pela organização CO2 is Green (a CO2 é Ecológico). Segundo a CI, os petroleiros tentaram qualificar as emissões de carbono como "boas para o meio ambiente".
Por não alcançarem sua máxima emissão de gases, definida pelo Protocolo de Kyoto, os países menos industrializados vendem seu "potencial excedente de emissão" às empresas localizadas em países industrializados. A prática seria o "mascaramento ecológico", por não reduzir as emissões de fato.
Consumidores Internacional tem mais de 220 organizações-membros em 115 países.



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