quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Kassab pagou R$ 106,9 mi a empresas do escândalo
Do Blog Por um Novo Brasil
 
Acusadas de alimentar 'mensalão do DEM' no DF, Uni Repro e Call Tecnologia são contratadas da prefeitura

Ricardo Brandt e Diego Zanchetta
Estado
Duas empresas do escândalo do "mensalão do DEM" - a Uni Repro Serviços Tecnológicos Ltda. e a Call Tecnologia - receberam da Prefeitura de São Paulo desde 2006, quando o prefeito Gilberto Kassab (DEM) assumiu o cargo, R$ 106,9 milhões por serviços prestados.

As companhias são suspeitas de ter alimentado o suposto esquema de propina no governo José Roberto Arruda (DEM), investigado pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora.

Tanto a Uni Repro como a Call Tecnologia seriam supostamente usadas por integrantes do PPS - que fez parte do governo do Distrito Federal e integra a gestão Kassab - para levantar fundos para o esquema.

Na capital paulista, o contrato com a Uni Repro é anterior à nomeação de Kassab como prefeito. A empresa foi escolhida pela Secretaria de Saúde por meio de pregão presencial e depois recontratada diretamente pela maioria das secretarias, subprefeituras e outros órgãos governamentais.

Ela concentra a maior parte dos serviços de fotocópia do governo. Levantamento feito no NovoSeo, o sistema de execução orçamentário do município, mostra que de 2006 até novembro foram pagos R$ 48,1 milhões para a empresa.

A Call Tecnologia, de José Celso Gontijo, que aparece nas gravações entregando dinheiro para o suposto esquema, foi contratada em 2006 pelas secretarias de Gestão e Finanças. De fevereiro daquele ano até novembro, recebeu R$ 58,8 milhões.

Os contratos foram para instalação e manutenção do sistema de 156 da prefeitura - central telefônica que recebe ligações gratuitamente do cidadão para serviços da administração - e do Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), que dispara ligações para contribuintes devedores de tributos buscando a negociação da dívida.

A Call Tecnologia chegou a ser investigada pela CPI do IPTU, na Câmara Municipal de São Paulo. O relator da comissão, Antonio Donato (PT), afirma que, além ouvir um representante da empresa, dois parlamentares da CPI fizeram diligências na sede da empresa por suspeitas de fraude.

A prefeitura, por meio de sua assessoria, informou que os contratos foram feitos por pregão e, no caso da Call Tecnologia, desde 2007 o valor pago não é reajustado. As empresas não retornaram as ligações.

ESTADOS
Minas e de São Paulo, Estados administrados pelo PSDB, também assinaram contratos com uma das empresas citadas no escândalo. A InfoEducacional tem contratos de R$ 6,7 milhões, em Minas (2008), e R$ 12,8 milhões, em São Paulo (2004, 2005 e 2006). As secretarias de Educação disseram não haver problema com os contratos
 
 
 
 


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