O
dirigente nacional do PT e secretário-executivo do Foro de São Paulo,
Valter Pomar, se encontra em Lima, no Peru, onde acompanhou a vitória do
candidato Ollanta Humala no segundo turno das eleições naquele país.
Em
entrevista ao Portal do PT, Valter Pomar falou sobre o clima político
no Peru durante a eleição e após a concretização da vitória de Humala.
Ele afirmou que a esquerda, os democratas e progressistas da América do
Sul e da comunidade internacional comemoraram a vitória do candidato
nacionalista no país vizinho.
Segundo
Pomar, a elite peruana não tem compromisso com a democracia e com os
direitos humanos e por isso deflagou uma campanha de medo durante o
segundo turno. Para ele, o novo presidente terá que ter muita
tranquilidade para enfrentar e neutralizar o jogo sujo da direita
fujimorista e não ceder à chantagem. (Geraldo M. Ferreira - Portal do
PT)
Confira a entrevista na íntegra:
Como foi a realização do segundo turno das eleições no Peru?
Tensa. A elite peruana deflagrou uma campanha de medo, anticomunista, suja. Esta elite não tem compromisso com a democracia, com os direitos humanos e com a luta contra a corrupção. Preferiam uma Fujimori do que votar em uma candidatura progressista, porque não querem ceder nada, querem ficar com todos os lucros derivados do crescimento econômico recente do Peru.
A vitória de Ollanta Humala por uma pequena margem de votos já era esperada diante do cenário político atual do Peru. O país continuará dividido? Qual é a expectativa agora para o futuro governo?
A linha da campanha de Ollanta Humala foi ampliar em direção ao centro, para neutralizar os setores de direita que não aceitam a corrupção, a ditadura e o fujimorismo. Este movimento de concertación vai continuar, pois a direita fujimorista é insaciável e perigosa. Para dar uma idéia disto, a bolsa de LIma caiu 8% depois da vitória de Ollanta. Qual o motivo? Chantagem! Perderam a eleição, mas querem impor um ministério que faça o que Fujimori faria. Por isso, será preciso muita tranquilidade para não cair na provocação, nem ceder a chantagem. Se Ollanta Humala conseguir isto, e estou seguro de que vai conseguir, as expectativas são as melhores.
Como foi recebida a vitória de Humala no continente sul-americano e pela comunidade internacional?
Pela esquerda, pelos democratas, pelos progressistas, pelos que sabem o que foi Fujimori, a vitória de Ollanta foi recebida com alegria e alívio.
Humala já adiantou como será a composição do novo governo? Na sua opinião, qual será a base da equipe governamental dele?
Será um governo democrático, progressista, de centro-esquerda,com importantes aliados de direita.
Qual é a situação de Humala no Parlamento peruano? Ele tem uma base de apoio para garantir a governabilidade?
Sim. Sua coalizão de primeiro turno, mais os aliados de segundo turno, mais setores que vão desgarrar agora do bloco fujimorista, permitem começar o governo com apoio parlamentar.
Humala discursou logo após o anúncio da vitória e prometeu realizar políticas de inclusão social. O Brasil servirá de modelo para o novo Peru que ele pretende construir?
Ollanta Humala tem dito que o Brasil é um exemplo, mas não um modelo. Tem uma frase conhecida, de um intelectual comunista peruano chamado Mariategui, que fala que é preciso construir para o Peru um caminho sem calco nem cópia. Não precisa traduzir, certo? Nada de modelo.
Tensa. A elite peruana deflagrou uma campanha de medo, anticomunista, suja. Esta elite não tem compromisso com a democracia, com os direitos humanos e com a luta contra a corrupção. Preferiam uma Fujimori do que votar em uma candidatura progressista, porque não querem ceder nada, querem ficar com todos os lucros derivados do crescimento econômico recente do Peru.
A vitória de Ollanta Humala por uma pequena margem de votos já era esperada diante do cenário político atual do Peru. O país continuará dividido? Qual é a expectativa agora para o futuro governo?
A linha da campanha de Ollanta Humala foi ampliar em direção ao centro, para neutralizar os setores de direita que não aceitam a corrupção, a ditadura e o fujimorismo. Este movimento de concertación vai continuar, pois a direita fujimorista é insaciável e perigosa. Para dar uma idéia disto, a bolsa de LIma caiu 8% depois da vitória de Ollanta. Qual o motivo? Chantagem! Perderam a eleição, mas querem impor um ministério que faça o que Fujimori faria. Por isso, será preciso muita tranquilidade para não cair na provocação, nem ceder a chantagem. Se Ollanta Humala conseguir isto, e estou seguro de que vai conseguir, as expectativas são as melhores.
Como foi recebida a vitória de Humala no continente sul-americano e pela comunidade internacional?
Pela esquerda, pelos democratas, pelos progressistas, pelos que sabem o que foi Fujimori, a vitória de Ollanta foi recebida com alegria e alívio.
Humala já adiantou como será a composição do novo governo? Na sua opinião, qual será a base da equipe governamental dele?
Será um governo democrático, progressista, de centro-esquerda,com importantes aliados de direita.
Qual é a situação de Humala no Parlamento peruano? Ele tem uma base de apoio para garantir a governabilidade?
Sim. Sua coalizão de primeiro turno, mais os aliados de segundo turno, mais setores que vão desgarrar agora do bloco fujimorista, permitem começar o governo com apoio parlamentar.
Humala discursou logo após o anúncio da vitória e prometeu realizar políticas de inclusão social. O Brasil servirá de modelo para o novo Peru que ele pretende construir?
Ollanta Humala tem dito que o Brasil é um exemplo, mas não um modelo. Tem uma frase conhecida, de um intelectual comunista peruano chamado Mariategui, que fala que é preciso construir para o Peru um caminho sem calco nem cópia. Não precisa traduzir, certo? Nada de modelo.
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