PERFIL
Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil
Como
senadora, Gleisi Hoffmann (PT-PR) atuou com destaque na defesa do
governo no Congresso. Ela praticamente trabalhava como uma líder do
governo. Somada à experiência em cargos de direção em uma estatal e em
duas gestões do PT, são essas as credenciais para comandar a Casa Civil e
o relacionamento com o Legislativo.
A
paranaense de 45 anos tem experiência política - foi candidata ao
Senado em 2006 e à Prefeitura de Curitiba, em 2008, antes de ser eleita
senadora, no ano passado, além de ter presidido o PT no Paraná - e reúne
características técnicas, reforçadas durante o comando da diretoria de
Finanças da Itaipu Binacional, cargo que exerceu de 2003 a 2006 - em
parte desse período, Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia.
Casada
há 15 anos com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a
paranaense forma com o marido uma espécie de 'dupla dinâmica' de aliados
de primeira hora do Palácio do Planalto. No Senado, Gleisi era tratada
como 'líder informal do governo', já que fazia intervenções e apartes a
favor do governo a todo o momento, sem deixar nenhum ataque da oposição
sem resposta.
Ascensão.
A atuação aguerrida na defesa do governo deu a Gleisi imediata
visibilidade política. O fato de residir em Brasília permitiu que a
paranaense fosse presença marcante em plenário, onde era possível
encontrá-la de segunda a sexta-feira.
Na
semana passada, poucos apostavam que Gleisi poderia ter uma ascensão
meteórica na capital federal, mas ninguém duvida da capacidade de ela se
apresentar com desenvoltura na defesa de suas posições e das do
governo.
Em
2002, Gleisi trabalhou na equipe de transição do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. Ela faz parte da corrente majoritária do PT, Construindo
um Novo Brasil, a mesma de Lula. Foi na casa da senadora, por sinal, o
almoço do ex-presidente com senadores petistas, no dia 24, na segunda
semana da crise envolvendo Palocci.
Antes
de chegar ao Senado, Gleisi foi secretária extraordinária de
Reestruturação Administrativa no primeiro mandato de Zeca do PT no
governo de Mato Grosso do Sul, em 1999. Dois anos depois, foi secretária
de Gestão Pública de Londrina.
A
militância política vem dos tempos de estudante, com os grêmios
estudantis e como dirigente da União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas (Ubes). O movimento estudantil colocou-a em contato com o
PC do B, seu primeiro partido.
Para
pagar a faculdade, Gleisi foi trabalhar como assessora parlamentar na
Assembleia Legislativa do Paraná e, posteriormente, como assessora do
então vereador Jorge Samek, que anos depois, ao presidir Itaipu, a
levaria para o cargo de diretora na estatal.
Advogada
e mãe de dois filhos, a nova ministra da Casa Civil é mística,
espiritualista e vegetariana. Gleisi pratica técnicas de meditação e fez
uma viagem à Índia.
Durante
o governo Lula, ela e o marido viveram na ponte aérea
Brasília-Curitiba. Os filhos de Gleisi e Paulo Bernardo - João Augusto,
de 9 anos, e Gabriela Sofia, de 5, mudaram para a capital federal só em
2011, quando o pai foi mantido no governo e a mãe desembarcou no Senado -
e, agora, na Esplanada dos Ministérios.
Enviado por Wagenr Lamonica
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