Liderança do PT no Senado
A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou
durante a reunião nesta quinta-feira (02/06), uma campanha nacional em
defesa da Reforma Política. As discussões no Congresso Nacional, segundo
o presidente do PT, Rui Falcão, estão caminhando bem e indicam a
formação de consenso em torno do financiamento público exclusivo de
campanha. "Há possibilidade de se chegar ao voto em lista, ainda que não
seja a lista fechada como o PT defende", informou.
O PT defenderá os pontos que considera fundamentais para a Reforma
Política, como o financiamento público, o voto em lista elaborado
democraticamente, a fidelidade partidária, o fim das coligações
proporcioanais com eliminação do quoeficiente eleitoral e também o
reforço da democracia direta através do plebiscito e do referendo, sem
tantos obstáculos como hoje.
"Mas no Congresso Nacional vamos procurar assegurar dois pontos
mínimos que é o financiamento público exclusivo e o sistema de voto
proporcional. Queremos também, com a lista, ainda que ela seja flexível,
garantir ampliação da participação das mulheres que hoje estão
subrepresentadas na vida política nacional e são maioria na sociedade e
no eleitorado", ressaltou.
Palocci
Rui Falcão afirmou que o caso envolvendo o ministro-chefe da Casa
Civil, Antônio Palocci, não está paralisando o governo. "Esse caso não
tem impedido que nosso governo continue com iniciativas positivas como o
lançamento do principal programa social que o País estava carecendo que
é o Brasil sem miséria", disse Rui.
Segundo ele, durante conversa ocorrida nesta manhã com Palocci, o
ministro reafirmou que a Comissão de Ética Pública não interpretou como
desvio de conduta as consultorias que prestou antes de ingressar no
governo. "Nos próximos dias o ministro Palocci disse que irá conceder
uma entrevista para a imprensa".
"O que eu tenho trabalhado é que o ministro está exercendo suas
funções plenamente e não há notícia em sentido contrário", observou.
Perguntado se a Executiva Nacional deveria divulgar uma nota de
apoio ao ministro Palocci, Rui Falcão disse que durante a reunião o
colegiado tomou conhecimento das informações enviadas por ele e decidiu
não entrar no mérito. "Ao não entrar no mérito não se produz nenhuma
nota", salientou.
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