Os líderes do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP) e
da Bancada do PT, Paulo Teixeira (SP) comentaram a
renúncia do ministro-chefe da da Casa Civil , Antonio Palocci, ocorrida
ontem. Ambos elogiaram a contribuição dada por Palocci ao governo e
defenderam o ministro afirmando que sua saída acontece após a
Procuradoria Geral da República (PGR) ter arquivado os pedidos de
investigação sobre sua evolução patrimonial. Os líderes também
manifestaram confiança na escolha da presidenta Dilma Rousseff pelo nome
da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para assumir a Casa Civil.
De acordo com o líder
do governo, a saída de Palocci aconteceu porque ele (Palocci)
compreendeu que o quadro político do País inviabilizava sua permanência
no governo. “Palocci deixou claro que estava tranquilo e que não cometeu
nenhum ato ilícito”, disse Vaccarezza.
Para o líder Paulo
Teixeira, o ministro Palocci prestou um grande serviço ao Brasil e sua
saída do governo foi uma atitude nobre. “Foi uma atitude para evitar
qualquer problema e para que o governo Dilma continue suas ações sem que
esse tema centralizasse a agenda política. E, mais, o ministro Palocci
aguardou a resposta da PGR, que afastou qualquer desconfiança de
ilegalidade”, ressaltou Paulo Teixeira. Ele acrescentou que o ministro
Palocci já ofereceu todas as explicações necessárias para a sociedade na
entrevista coletiva que concedeu na última sexta-feira (3).
Sobre o arquivamento
do processo pela PGR, Vaccarezza disse que o procedimento revela três
questões básicas: “Não houve tráfico de influência, o Palocci nunca usou
dados sigilosos do governo para favorecer sua empresa ou a de terceiros
e, por último, esses fatos ocorreram no ano passado, quando ele não era
ministro”.
Sobre a escolha de
Gleisi Hoffmann, Paulo Teixeira elogiou. “Ela é uma técnica competente,
com grande experiência política e sua escolha aumenta a cota feminina no
governo Dilma”.
O líder Vaccarezza
acrescentou ainda que apesar da saída de Palocci, não há mudanças na
equipe de articulação política da presidenta Dilma e que o trabalho
continua com a nova ministra, senadora Gleisi Hoffmann. “Ela vai dar
continuidade ao trabalho que Palocci vinha desenvolvendo e aprofundar os
acertos do ministro”.
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